tag:blogger.com,1999:blog-84747319089294788342024-03-05T11:50:52.860-03:00ANTONIO AUGGUSTO JOÃO ESCRITOR & POETAPORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.comBlogger112125tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-43612128282378727172021-02-20T21:39:00.005-03:002021-02-20T21:53:40.042-03:00APOCALIPSE - PANDEMIA<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcGs1rmxakXe2Hdr3QNmaUQbQZB85nKzXNZd2hlDhIA7r1MYu_EIRFT46zik67l7DdtdVlNyv7lGJ7YzGAQKX3dbKcOQL9V9ROAPmsW0aZeOMYDrPdHYWDzJNrarLqPlsOMP8bSQUdRk2v/s2048/CAPA+APOCALIPSE+PANDEMIA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; font-family: helvetica; font-size: large; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcGs1rmxakXe2Hdr3QNmaUQbQZB85nKzXNZd2hlDhIA7r1MYu_EIRFT46zik67l7DdtdVlNyv7lGJ7YzGAQKX3dbKcOQL9V9ROAPmsW0aZeOMYDrPdHYWDzJNrarLqPlsOMP8bSQUdRk2v/s320/CAPA+APOCALIPSE+PANDEMIA.jpg" /></a></div><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;">Muitas vezes, desde criança, nunca acreditei que um dia o mundo pudesse acabar. Sempre Tive certeza que Deus não faria isso. O tempo foi passando e depois de muitos acontecimentos, guerras, atentados, desastres da natureza, concebi que o próprio homem, desafiando a natureza, pudesse fazer o mundo acabar, mesmo que Deus não deixasse. A ciência e a tecnologia aliadas a uma medicina super avançada, evoluíram muito através dos anos, tanto que hoje a expectativa de vida chega quase aos cem anos. Entretanto, quando o mundo ficou momentaneamente despreparado, surgiu um tal de covid-19. Um ser microscópio, traiçoeiro e maligno, que ataca covardemente despercebido, e mata, pois os seres humanos foram pegos de surpresa e alguns até encararam esse vírus maldito como se fosse uma gripezinha que poderia ser combatida por um tal remédio de nome hidroxicloroquina. Pois bem, o vírus se propagou no mundo inteiro, fazendo com que os países adotassem quarentenas, lockdown, com toque de recolher. A economia parou. A recomendação foi para que todo mundo ficasse em casa e que não houvesse aglomerações. Se essas medidas fossem para um período suportado pelas populações, tudo bem, mas acontece que, ficando em casa e com a economia sem girar, mais cedo ou mais tarde a população teria que arrumar alguma forma de sobrevivência, para não morrer de fome. Por outro lado, como os mais humildes poderiam evitar as aglomerações morando com várias pessoas em pequenas casas nas comunidades, pegando transportes coletivos super lotados, sem contar as festas clandestinas e praias lotadas? De certo que o auxílio do governo ajudou várias famílias, fez com que muitos, sem trabalho, não morressem de fome, mas por outro lado muitos comerciantes em geral tiveram que fechar seus estabelecimentos nessa verdadeira pandemia de calamidade pública. Depois de um ano, analisando tudo isso, perguntei a mim mesmo como Deus estaria vendo tudo isso. Muitos e muitos morreram no mundo inteiro, de todas as idades, de todas as classes sociais e por uma aberração da ciências todas as outras doenças foram extirpadas e todo mundo morreu de covid-19. Talvez Deus estivesse assistindo até que ponto pudesse ir a ganância dos chamados dirigentes políticos à frente de todas as medidas para salvar o mundo. Na guerra da vacina que ainda se trava, podemos constatar quão perversos são os homens que foram escolhidos para salvar o mundo - <i>Deus deve estar se sentindo envergonhado com o que criou</i>. Primeiro o homem subestimou o vírus, desafiando-o sem armas e comparando-o com uma gripezinha. Depois, ao invés de se reunirem em causa própria e justa, posaram-se diante do espelho da vaidade, enquanto o povo sofrido, vendia até a alma ao diabo (<i>Deus me perdoe</i>) para poder sobreviver. O discurso sempre foi diferente das atitudes dos políticos canalhas e perversos, que fecharam cidades e foram passear de mãos dadas com o Tio Sam, clamaram para que fossem evitadas aglomerações e foram assistir futebol no meio da multidão ou participaram de passeios e reuniões sem a proteção de máscaras... E o povo, assistiu e assiste tudo isso sem armas para se defender, sem dinheiro para sobreviver, sem emprego... e agora enfrenta uma fila interminável no esquema "<i>Benjamin Button</i>" de vacinação, com "<i>fura fila</i>" e "<i>doses de vento</i>". Acredito que esse relato não seja um exagero e nas conversas que tenho com Deus peço que ELE intervenha logo e acabe com esse vírus dando um sopro que possa restabelecer os organismos debilitados das pessoas doentes ou que faça cair uma chuva fina, que não chegue a inundar o mundo, mas que decepe de uma vez esse vírus da face da terra, pois se depender do homem ganancioso e palanqueiro, aqui em baixo, o mundo vai acabar.</div></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><b>TRECHO DO LIVRO</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><b>Antonio Auggusto João</b></span></p>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-62053895711629708082021-02-06T23:37:00.004-03:002021-02-20T21:58:12.315-03:00<p style="margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span style="font-size: small;"> </span></span><span style="font-size: small;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAFJ3VyRHL7tTyATB-DUyr-aM25rJI2Bfi6Iu3BtDbBYjuhYent2-ef2-9UF3U6empGW2omNQRZwRlddgtpZOqHpyOpLvSMDNZAcmx8f78YpXr9-Q1ubxbQk2z-tmi5h8lktVhrqfP87is/s2048/CAPA+OFICIAL+MARKITO+3.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAFJ3VyRHL7tTyATB-DUyr-aM25rJI2Bfi6Iu3BtDbBYjuhYent2-ef2-9UF3U6empGW2omNQRZwRlddgtpZOqHpyOpLvSMDNZAcmx8f78YpXr9-Q1ubxbQk2z-tmi5h8lktVhrqfP87is/s320/CAPA+OFICIAL+MARKITO+3.jpg" /></a></span></p><p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span><span style="color: black; font-size: medium; line-height: 150%;">Quando olhei meu telefone e tinha uma mensagem
urgente da <b>MARILYN MONROE DO 81</b>, do
bloco 1, fiquei um tanto quanto preocupado, pois se tratava da mulher mais
bonita e mais gostosa que eu já tinha visto e lembrei-me de quando tomei uns
tapas da Débora, pois disse o nome da Marilyn quando eu estava sonhando! - <i>234-56-78 Markito a seu dispor! Em que posso
ser útil? </i></span></span></span></p><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;">
</div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span><span style="color: black; font-size: medium; line-height: 150%;"><span> </span>- <i>Markito, é a Marilyn! </i></span></span></span></p><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;">
</div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span><span style="color: black; font-size: medium; line-height: 150%;"><span> </span>- <i>Pois não Marylin, como posso te ajudar?</i> </span></span></span></p><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;">
</div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span><span style="color: black; font-size: medium; line-height: 150%;">A Marylin me pediu para trocar a fechadura da porta
do quarto dela. Disse que às vezes era obrigada a se trancar no quarto, pois o
marido era muito violento e batia nela. O <b>ZÉ
PEQUENO</b>, marido da Marylin era temido no bairro. Ele tinha uma empresa de
fachada e dizem as mesmas más línguas de sempre que ele é agiota e aluga
clandestinamente máquinas de vídeo pôquer. Ninguém se atrevia a mexer com ele,
inclusive era acusado, sem provas, de ter mandado matar alguns que lhe devia
dinheiro. A coisa que mais intrigava os vizinhos era como uma mulher tão bonita
como a Marylin podia viver com aquele baixinho, marginal e covarde, que batia
em mulher. Cheguei a conclusão de que a Marylin vivia em cárcere privado, no
apartamento 81 do bloco 1 e tinha medo de se separar do Zé Pequeno, pois ele era
um bandido marginal: </span></span></span></p><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;">
</div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span><span style="color: black; font-size: medium; line-height: 150%;"><span> </span>- <i>Marylin, vou até a casa de ferragens comprar
uma fechadura nova e já volto!</i> </span></span></span></p><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;">
</div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;"><span><span style="color: black; line-height: 150%;">Estava um calor infernal naquele dia e eu estava
derretendo dentro daquele macacão que usava, com o emblema da minha empresa,
para me identificar perante os clientes. Talvez também fosse devido ao forte
calor que a Marylin estava com um micro shortinho, apertadinho e sem sutiã! Meu
Deus! A Débora vai me matar! Voltei da loja de ferragens e percebi que alguém
me seguia. Não dei importância, pois o que mais queria era voltar logo e
terminar o serviço, antes que algum vizinho <i>cagueta</i>
me visse e me entregasse para a Débora. Não sei se estava sentindo tanto calor
por estar de macacão ou por estar pertinho daquela mulher que exalava o perfume
da mais linda flor e que seus olhos hipnotizavam a ponto de eu dar uma
martelada no meu dedo! Tirei o macacão e fiquei de bermuda e camiseta. Estava
muito calor. Deixei o macacão e minha botina na sala, sobre uma cadeira e
entrei no quarto para substituir a fechadura. A Marylin ficou deitada na cama
com o bumbum pra cima. Eu não estava conseguindo me controlar com tanta
exuberância em minha frente e distraído, dei mais uma martelada no dedo e
repentinamente a porta se fechou com o vento, travando a fechadura pelo lado de
fora e ficamos <span></span>presos eu e a gostosona
da Marilyn dentro do quarto!</span><span style="color: black; line-height: 150%;"> Marylin ficou deitada de bruços na cama! Olhei pela
janela do oitavo andar e vi o Zé Pequeno correndo e logo atrás veio a <i>filha da put*</i> da Fofoqueira do 122. Na
certa ela dedurou para o Zé Pequeno que eu estava na casa dele, sozinho com a
Marylin. Tudo bem! Estava trabalhando! Mas como iria explicar para o Zé Pequeno
porque meu macacão e minha botina estava na sala e eu trancado no quarto com a
esposa dele? Fiquei desesperado: Como ia explicar para a Débora? O Zé Pequeno
entrou no apartamento furioso, com uma arma na mão e gritando o nome da esposa
e me xingando de <i>filha da put#!</i> Tive
vontade de pular pela janela, mas lembrei que estava no oitavo andar, a trinta
metros de altura do chão. A Marylin estava dormindo e o Zé Pequeno, armado,
desesperado, tentando arrombar a porta a todo custo. Depois de destruir a
porta, o <i>"marido traído"</i>
entrou feito um louco pra dentro do quarto, e com os olhos esbugalhados e com a
arma apontada para a minha cabeça disse: </span></span></span>
</span></p><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span><span style="color: black; font-size: medium; line-height: 150%;"><span> </span>- <i>Onde está a minha mulher seu filha da put$?</i>
</span></span></span></p><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;">
</div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span><span style="color: black; font-size: medium; line-height: 150%;"><span> </span>- <i>Ela não está aqui Seu Zé Pequeno! Abaixe
essa arma pelo amor de Deus! </i></span></span></span></p><div style="margin-left: 40px; text-align: justify;">
</div><p class="MsoNormal" style="line-height: 150%; margin-left: 40px; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica;"><span><span style="color: black; font-size: medium; line-height: 150%;">Expliquei para o Zé Pequeno e para a <i>filha da put&</i> da Fofoqueira do 122
que a mulher dele não estava em casa, estava sozinho, consertando a fechadura
do quarto e devido ao calor tirei o macacão e fiquei de bermuda e o vento fechou
a porta e fiquei preso, trancado dentro do quarto. O Zé Pequeno não ouviu nada
do que falei e depois que conferiu todos os cômodos do apartamento, inclusive
embaixo da cama, constatou que sua esposa não estava em casa, abaixou a arma e
ficou mais calmo. Porém, levantou a arma novamente quando a <i>filha da put@</i> da Fofoqueira do 122 pediu
para ele conferir dentro do guarda roupa: - <i>Não
tem ninguém aqui! Vamos embora Fofoqueira do 122. E você aí, cusão, termina
logo esse trampo!</i> Respirei fundo, ainda sem entender como tinha me livrado
daquela situação e só dei conta do que realmente tinha acontecido quando a
Débora me deu um safanão e disse: - <i>Acorda
Markito! Acorda amor! Hoje é domingo! Vamos à missa! Acorda!</i></span></span></span></p>
PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-32131328399346926622021-01-24T04:56:00.000-03:002021-01-25T11:45:32.461-03:00EPITÁFIO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="background: white; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; text-align: justify;"><span style="font-family: Helvetica; font-size: 13.5pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOrvwdPYsdj9QHNtkKsBM6R5X7G-BEOEqD5oAJtbohATSbYKA9cDBoppoG9Xo7YSvq6jRpyT3w9KH1XNFsZHFqnhDEZ2gRyCOi-tXrPQN9b-hkOgWlAvO4fFRBiQXx9UMnBu8bGNU5fAn9/s800/CYMERA_20170120_042543.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="571" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOrvwdPYsdj9QHNtkKsBM6R5X7G-BEOEqD5oAJtbohATSbYKA9cDBoppoG9Xo7YSvq6jRpyT3w9KH1XNFsZHFqnhDEZ2gRyCOi-tXrPQN9b-hkOgWlAvO4fFRBiQXx9UMnBu8bGNU5fAn9/s320/CYMERA_20170120_042543.jpg" /></a></div><div style="text-align: justify;">Se eu puder nascer
novamente, quero ser <i>"eu de novo"</i>, ter o mesmo pai, a
mesma mãe, os mesmos irmãos e a mesma família. Vou desejar amar a mesma mulher,
a única, para ter os mesmos filhos, regar o mesmo jardim, escrever os mesmos
livros, ter os mesmos poucos amigos e comer<span style="color: #1c1e21;"> os meus doces prediletos! Tomara que
ainda exista o doce metade<i> leite, metade coco</i>, <i>teta de nega</i>, <i>cabelo
de palhaço</i> e <i>nariz entupido</i>. Vou dar um pouco mais de
liberdade para meus filhos e se eles quiseram tomar o segundo sorvete ou comer o
segundo hambúrguer, vou deixar, sem reclamar, pois vou querer viver o hoje, sem
me preocupar com o amanhã. Quero passear nos mesmos parques, assistir aos
mesmos filmes, colecionar os mesmos livros, ter os mesmos desejos, pois minha
vida foi bela e divina até essa página desse livro e mesmo se o amor for embora
novamente e se as rosas não tiverem mais o mesmo perfume, quando eu chegar ao
céu <i>"novamente"</i> e a porta se abrir, vou contar a
Deus dando-lhe um abraço sincero, que <i>"as minhas vidas"</i> valeram
a pena e peço àqueles que um dia possa de alguma forma ter magoado que possam
me perdoar, pois eu <i>"só quis viver"!</i></span><span style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 13.5pt;"> </span></div>
<p class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; text-align: justify;"><b><span style="color: #1c1e21; font-family: Helvetica; font-size: 13.5pt;">Antonio Auggusto
João</span></b></p></div></span></span></div><p></p>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-73014407531718530632021-01-12T04:47:00.002-03:002021-01-29T13:02:56.289-03:00O FAROL<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyreDKEc9TkMpvJ8chpTmNm9Xa48Na1ULlPdZIivUBIfUy3vUOXhDBmkZ7MbfY9tDrb7Q6YXcDT7ShLyohtsPtsS80GgKQ8LyF7mYelOcLf3iCVJoyocQuBygQ9XZrgtJfzXA14AGy_jqz/s2048/CAPA+OFICIAL+O+FAROL+essa.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyreDKEc9TkMpvJ8chpTmNm9Xa48Na1ULlPdZIivUBIfUy3vUOXhDBmkZ7MbfY9tDrb7Q6YXcDT7ShLyohtsPtsS80GgKQ8LyF7mYelOcLf3iCVJoyocQuBygQ9XZrgtJfzXA14AGy_jqz/w219-h320/CAPA+OFICIAL+O+FAROL+essa.jpg" width="219" /></a><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span>É como se
eu estivesse nas profundezas de um mar nunca antes navegável, em meio às
turbulências dos maremotos e dos tsunamis... É assim que me sinto em meio a
tantas mágoas, tantas indiferenças e traições. As águas barrentas perdem a cor
do verde, talvez azul, as ondas se tornam pesadas e machucam com feridas as
minhas costas largas, cravadas com punhais de Toledo, fincados, transpondo a
minha alma e o meu coração. - </span><i>Nade meu
filho</i><span>! A voz era da minha mãe e não parecia estar no meu subconsciente,
parecia estar ali, sussurrando em meu ouvido... - </span><i>Nade meu filho</i><span>! </span><i>Nade</i><span>! </span><i>Nade na direção do farol, siga a claridade
da luz que você verá mesmo na imensidão e na escuridão das águas barrentas</i><span>.
O que minha mãe quis me dizer nesta oração foi para eu não desistir, seguir em
frente sem olhar para trás, sem ter medo de nada, pois a luz do farol é o sinal
do meu Deus do impossível, aquele que não me deixa desistir, aquele que seca
minhas lágrimas, cura minhas feridas e me renova as forças!</span><span> </span><span>- </span><i>Nade
meu filho! Nade!</i><span> A luz do farol conduz cada braçada sua cada impulso seu
neste mar imundo, mas que ao final do oceano, ou no infinito, você vai
encontrar a paz. Se você sofrer, ora a Deus que a luz se fará dentro de ti.
Amém</span></span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><b>Antonio Auggusto João</b></span></p>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-5726844690332596512020-12-30T08:23:00.008-03:002020-12-30T08:39:42.872-03:00FELIZ ANO NOVO! FELIZ 2.021!<p style="text-align: justify;"></p>
<p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; text-align: justify;"><span style="color: #050505; font-family: Helvetica; font-size: 14pt;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNn3b1UbwHDDGTotO42oxoUcVwseNhpOwlggaV7-WKNFhL5VlrDSPXLqAadMoUDHmv4Ea_5YG8b9IApqtD1_6NN9CjeOWXfUVuSliPiFqhWNUMx3y35gLc-vGJe852141eAy-RBqYu0_LV/s480/hqdefault.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNn3b1UbwHDDGTotO42oxoUcVwseNhpOwlggaV7-WKNFhL5VlrDSPXLqAadMoUDHmv4Ea_5YG8b9IApqtD1_6NN9CjeOWXfUVuSliPiFqhWNUMx3y35gLc-vGJe852141eAy-RBqYu0_LV/s320/hqdefault.jpg" width="320" /></a></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;">Esse ano não foi
fácil para todos nós. Eu poderia escrever várias coisas tristes que aconteceram
comigo, mas não vou me entregar, não vou ser derrotado, pois sei e já senti que
Deus está comigo! ELE já me tirou de várias situações em que pensei que seria
meu ultimo suspiro. Sei que se eu continuar forte ELE estará sempre ao meu
lado, por isso não vou desistir jamais e vou continuar lutando para que o
próximo ano seja bem melhor para mim e todos nós. Nem mesmo vou medir esforços
se eu tiver que dar a minha vida para te salvar, mesmo se você for meu inimigo,
pois foi assim que Deus me ensinou. Mas, se a minha derrota for inevitável, sei
que a casa lá em cima estará aberta e vou poder entrar sem ao menos ter que
bater à porta e serei recebido como um herói, pois Deus me disse que vai ser
assim!</span></span></div><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;">
</span></span><p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;"></span></span></p><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;">
</span></span><p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;"><span style="color: #050505;">"<i style="mso-bidi-font-style: normal;">Uma planta para crescer bonita e saudável
tem que ser cultivada, tem que tirar os matinhos, ela precisa da água, ela
precisa do sol. E é mesmo assim com a gente - filhos amados de Deus - Nós
precisamos da fonte da água da vida do Senhor Jesus. Deixe se tocar por ELE.
Deixe que ELE toque em você</i>"</span></span></span></p><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;">
</span></span><p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;"></span></span></p><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;">
</span></span><p class="MsoNormal" style="background: white none repeat scroll 0% 0%; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;"><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="color: #050505;">FELIZ ANO NOVO PARA TODOS!</span></b></span></span></p>
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qualquer momento e o sol pode ir embora para outro lugar em meio tantas bombas,
guerras, tempestades, maremotos... Tamanha destruição. O que os olhos de uma
menina veem no meio da guerra jamais será apagado de sua memória. Ela perdeu o
pai, perdeu a mãe e o que restou foi uma boneca de pano faltando um pedaço, mas
com os olhos arregalados ao ver tanta destruição física e em seu coração que se
mistura ao coração da menina, como se fossem uma única criança, ofuscadas pela
poeira de um cenário destruidor e quase deserto. A menina (e a boneca) não podem
mais brincar, correr de um lado para outro, porque não existem mais jardins,
não existem canteiros nem pássaros para que possam contemplar a natureza, não
podem mais chorar porque a radiação dos bombardeios secaram suas lágrimas,
rasgaram suas roupas... Mas ainda existe uma esperança quando a menina ergue as
mãos ao alto e pede a ajuda de Deus: A menina quer </span><i style="background-color: white;">"poupar"</i><span style="background-color: white;"> a boneca para que não veja seu sofrimento e de
todo o povo Sírio, cercado da ignorância de seus líderes, restando-lhes somente
a providência divina da ressurreição.</span></span> </p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><b>Antonio Auggusto João</b></span></p>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-26089304689476669862020-12-23T04:53:00.006-03:002020-12-23T04:56:58.542-03:00SOU DE ESCORPIÃO<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlv1ldn3Liqzxx5x_2uUuqKrlvzb1IuRhPsKkp-EAKLU-Cj1KG8_MosaUdxRWYuDXsGD5Fobcba-XeEQsFtdic20ay6Etwzj8KRFY7pgvYCEGfnIeacuu-KGSgowyZAssMXiiAfUv5QP3B/s2048/CAPA+CARTAS+POETICAS+V3-1.jpg" style="clear: left; display: inline; float: left; font-family: helvetica; font-size: large; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlv1ldn3Liqzxx5x_2uUuqKrlvzb1IuRhPsKkp-EAKLU-Cj1KG8_MosaUdxRWYuDXsGD5Fobcba-XeEQsFtdic20ay6Etwzj8KRFY7pgvYCEGfnIeacuu-KGSgowyZAssMXiiAfUv5QP3B/s320/CAPA+CARTAS+POETICAS+V3-1.jpg" /></a></p><div style="text-align: justify;"> <span style="font-family: helvetica; font-size: large; text-align: justify;">Quando
uma ferida demora a cicatrizar é porque a apunhalada foi forte e traiçoeira e é
por isso que temos de ter uma autodefesa. Acredite em você e nos astros que
protegem o seu signo de escorpião, não deixe que o seu inimigo se prevaleça. A
sua autodefesa é o signo de escorpião, traiçoeiro também quando é preciso. Vive
pacato em seu mundo, não faz mal a ninguém, desconfia de tudo até que uma prova
pode lhe dar garantia de que está se tratando com alguém que pode ser
confiável. Não toque em um escorpião com “vara curta”, o contra ataque pode ser
perigoso e venenoso. Não tente ferir um escorpião, nem</span><span style="background: white; font-family: helvetica; font-size: large; text-align: justify;"> traí-lo pelas costas de seu corpo ensanguentado, pois quem é de
escorpião tem veneno e suas feridas se cicatrizam rapidamente, sem ninguém
perceber. Se agoniza, é porque está disfarçando seu próximo ataque, um contra
ataque mortal, pois também pode ser traiçoeiro, quando é para se defender. <i>A minha vida não é um mar de rosas, mas
tenho espinhos que protegem a minha alma e a minha couraça. Quando o meu
inimigo tenta me ferir, Nem mesmo sua traição pode me deter. Querem me
destruir, me matar, acabar com minha existência, mas não conseguem, pois tenho
veneno, sou de escorpião!</i></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: helvetica; font-size: large; text-align: justify;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="background: white; font-family: helvetica; font-size: large; text-align: justify;"><b>Antonio Auggusto João</b></span></div><p></p>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-70339858995970754872020-12-23T04:44:00.002-03:002020-12-23T04:46:27.054-03:00DAI-ME SENHOR<p></p><p style="text-align: left;"></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtnXodvnpIpLSCPs8-x0U_ewd245JM19QHDzU0pM9Cr7QwSWkgwTSwsRqFU1jHH_1yVkylmKeZPjmVFXHXSZp4YSs36HdDZ_EbiZ35wfy36AGD4uR4yI9McqH0ZNqPPT6WCOlzBLOw-UsO/s1035/CYMERA_20190124_173012.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1035" data-original-width="720" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtnXodvnpIpLSCPs8-x0U_ewd245JM19QHDzU0pM9Cr7QwSWkgwTSwsRqFU1jHH_1yVkylmKeZPjmVFXHXSZp4YSs36HdDZ_EbiZ35wfy36AGD4uR4yI9McqH0ZNqPPT6WCOlzBLOw-UsO/s320/CYMERA_20190124_173012.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;">Dai-me
Senhor um coração que saiba refletir, um coração que saiba interpretar os
sinais dos tempos. Senhor Jesus, a preço do seu sangue, dai-me um coração que
contemple o perdão, que tenha a chave da esperança, da perseverança e da compreensão.
Dai-me um coração sem preconceito, sem risco da discórdia e da violência.
Senhor Jesus, mostre-me o caminho da razão, da fé que o homem exprime e da
harmonia das comunidades. Dai-me o sacrifício, se for necessário para me
restabelecer. Ensine-me o caminho da razão e ponha afeto no meu coração. Senhor
dai-me um coração igual ao teu - Meu Mestre! Dai-me a paz de espírito, pois
preciso tanto do teu perdão. Estou disposto a te obedecer, então dai-me um
coração igual ao teu! Dai-me Senhor, um coração que saiba amar, um coração que
saiba te obedecer e que esteja com o Senhor até o fim! O teu amor me
sustentará, a tua graça não me faltará! Atravessarei os desertos, subirei as
montanhas se preciso for para te seguir! Somente o Senhor sabe meus segredos e meus
sonhos e me conhece com a palma de suas mãos. A ti estendo minhas mãos, tu és
meu porto, tu és meu cais e diante de ti os meus joelhos se dobrarão!</div><o:p></o:p></span><p></p>
<p class="MsoNormal" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; orphans: 2; text-align: justify; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-decoration-thickness: initial; widows: 2; word-spacing: 0px;"><b><span style="color: black;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">Antonio
Auggusto João</span></span></b><span style="color: black; font-size: 13.5pt;"><o:p></o:p></span></p><br /><p></p><p></p>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-47143828293676524192020-12-23T04:28:00.003-03:002020-12-23T04:31:16.966-03:00ASSIM NA TERRA COMO NO CÉU<p class="MsoNormal" style="margin: 0cm -2.05pt 0.0001pt -0.25pt; text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg96DHgIWnfSQiDFrLJFPwdvuGGG8p2sWSmpWtJDaKx4pnv6JVn7Hnn_JYeQ5MWDSZbgS5O9wWSPufp8R__W1fMFiRWOpY6F3XSstA6KT-tvlC4QP-EKXn4yNUx1x1dwHnU0ie3NSv4ISLb/s2048/CAPA+ALGUMAS+CRONICAS+V2.jpg" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg96DHgIWnfSQiDFrLJFPwdvuGGG8p2sWSmpWtJDaKx4pnv6JVn7Hnn_JYeQ5MWDSZbgS5O9wWSPufp8R__W1fMFiRWOpY6F3XSstA6KT-tvlC4QP-EKXn4yNUx1x1dwHnU0ie3NSv4ISLb/s320/CAPA+ALGUMAS+CRONICAS+V2.jpg" /></a></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">A escola estava agitada e preparando uma grande festa em comemoração ao dia dos
pais. Rafael estava animado, pois sua mãe, mesmo presa na penitenciária do
estado, havia prometido que ele ia passar o dia dos pais com seu pai que não
via há muito tempo. Rafael vivia mais na rua do que em casa. Não era um menino
de rua problemático. Estudava na parte da manhã e na parte da tarde ficava num
semáforo pedindo uns trocados que dava tudo para sua avó, quando chegava em
casa ao anoitecer. A festa do dia dos pais sempre foi muito importante para
Rafael. Todos seus amigos da escola estavam sempre com os pais, no campo de
futebol, nas festas juninas, natal, etc. Rafael havia prometido aos amigos que
todos iriam conhecer seu pai, além da saudade, da necessidade que tinha de
estar com ele, principalmente naquela data. A mãe de Rafael estava presa por
tráfico de drogas. E não foi só uma vez, ela foi reincidente várias vezes. O
pai, coitado, vivia como um zumbi na cracolândia. A mãe prometeu o pai a Rafael
num momento de loucura, por não ter mais o que dizer para o filho. Vendo aquela
situação, sua avó resolveu contar toda verdade para Rafael antes da festa do
dia dos pais na escola, para que Rafael não fosse humilhado novamente pela
falta do pai. <span>- </span><i>Vó onde fica essa cracolândia?</i><span> </span><b> </b><span>Sua
avó ficou com o coração partido e</span><span> apenas respondeu que ficava muito longe.
Naquela tarde Rafael foi novamente ao semáforo pedir esmola. A todos que
conseguia conversar perguntava onde ficava a cracolândia até que um motorista
de ônibus explicou depois que Rafael disse-lhe que teria que buscar o pai para
leva-lo na festa da escola. Além de motorista de ônibus, aquele homem fazia
parte de uma ONG chamada Anjos da Madrugada e que prestava assistência à
famílias que tinha algum membro envolvido com as drogas. No dia seguinte,
véspera da festa da escola, Rafael apareceu no semáforo a espera do motorista
que havia prometido que o levaria até a cracolândia para buscar seu pai. Rafael
apareceu no horário marcado, junto com sua avó, e todos foram para a
cracolândia buscar o pai do menino. Rafael, garoto de sete anos de idade, sabia
que o mundo das drogas era cruel, mas não tinha a mínima noção de como era a
cracolândia. O motorista e sua avó se arrependeram de levar o menino. </span><span>- </span><i>Bem vindo à cracolândia. Bem vindo ao
inferno de zumbis. </i><span>De
certo não poderiam deixar Rafael ver aquelas pessoas vagando, possuídas por
todos os demônios das drogas, vivendo como zumbis moribundos. </span><span>Deixaram
Rafael na perua da ONG Anjos da Madrugada, junto com uma assistente social e
ficaram horas procurando seu pai. </span><span>Pelos
dados catalogados que várias ONGs possuem, descobriram que o pai de Rafael
estaria internado numa clínica de recuperação perto dali. Após mais alguns
horas de procura, descobriram, infelizmente para Rafael, que seu pai havia
morrido fazia dez dias, vítima de over dose de um coquetel de drogas e foi
enterrado como indigente, apesar de ter documentos. </span><span>Foi
difícil explicar ao garoto todo aquele enredo e de colocar em si o símbolo das
drogas no lugar do símbolo do pai. Rafael e sua avó voltaram para casa depois
daquele dia desgastante e de realidade triste. No dia seguinte Rafael voltou às
ruas para pedir esmolas. Não foi à escola, não foi à festa do dia dos pais. Não
tinha pai.</span><span> </span></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"> - </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;">Tio me dá um trocado? </i><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span>Nos
vários carros que Rafael abordava via famílias alegres, pais, filhos, e ele não
tinha essa alegria. O pai morto pelas drogas e a mãe presa, também pelas
drogas. </span><i><span>- A vida é mesmo uma droga. </span></i><span>Com
os trocados que Rafael trouxe para casa naquele dia, sua avó pode comprar o
alimento do dia. Comeu, pediu bênção a avó e foi dormir. </span><i><span>- Vó não vou ser como minha mãe e meu pai.
Eu quero ser alguém na vida. Segunda feira, mesmo sem pai, mesmo sem mãe,
voltarei para a escola. </span></i><span>Rafael se deitou, mas não conseguiu pegar no sono. A imagem do pai não
lhe saia do pensamento. Imaginava também a festa da escola, com todos seus
amigos se divertindo e distribuindo os presentes aos pais. Entre virar-se para
um lado e outro se viu viajando entre nuvens e uma grande escada iluminada com
luzes amarelas. Rafael resolveu subir. </span><span>A
cada degrau que subia sentia-se mais leve e uma energia tomava conta de seu
corpo. Ao chegar no alto, encontrou uma enorme porta entreaberta. Ouvia-se uma
música suave e alguns meninos e meninas com cabelos de algodão tocando
instrumentos musicais. Ficou com muito medo de entrar, não havia ninguém na
porta "fiscalizando", mas não queria ser chamado de penetra igual a
tantas vezes que teve que fazer isso para pedir um prato de comida. </span></span><i><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">- Você não pode entrar ainda. </span></i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Uma voz lhe disse que não podia entrar, mas
Rafael não conseguiu identificar quem o questionava. Olhou novamente pela porta
entreaberta e constatou que estava tendo uma festa e que os meninos e meninas
estavam de mão dadas com seus pais. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Os
presentes eram abraços, beijos, carinho... Amor.</span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"> </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Rafael pensou: </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;"><span> -
Como poderei entrar nesta festa? Eu não tenho pai!</span></i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"> E novamente Rafael
ouviu a mesma voz dizendo que ele teria que descer as escadas novamente e
entrar pela porta de baixo. Rafael assim o fez.
Ele demorou pouco tempo para subir, mas estava demorando muito tempo
para descer e se sentiu muito cansado no trajeto. Quando chegou embaixo, tentou
abrir a porta, mas era muito pesada, não conseguia. Não havia ninguém para
ajuda-lo e então resolveu fazer uma oração que havia aprendido nas poucas aulas
de catecismo que havia frequentado. Assim que terminou a oração, Rafael, ainda
ajoelhado, viu a porta, sozinha, se entreabrir o suficiente para poder entrar.
Ao entrar ouviu muito choro, pessoas adultas, arrependidas, outras rebeldes,
inquietas... </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Foi andando por um grande corredor, muito
escuro, quente, enfumaçado, tropeçando nos pés de pessoas desesperadas, homens
que ficavam deitados como se estivessem implorando misericórdia, como se
estivessem pedindo perdão. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Na
lateral do corredor existiam lanternas. Rafael pegou uma lanterna e continuou
caminhando até que encontrou um homem que parecia estar dormindo. Retirou uma
foto do bolso detrás da bermuda e confirmou sua suspeita:</span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;"><span>- Era seu pai. </span></i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Rafael pegou um bilhete que estava na mão
direita de seu pai e que dizia:</span></div>
<p class="MsoNormal" style="margin: 0cm -2.05pt 0.55pt -0.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><i><span> <b>- Ainda que eu ande pelo vale da sombra da
morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado
me consolam. </b></span></i><span><b> </b><o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin: 0cm -2.05pt 0.0001pt -0.25pt; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span>Então Rafael abraçou e beijou seu pai. Ouviu dele várias vezes a palavra
perdão expressada na forma de beijos e abraços, de amor. Imediatamente uma luz
se acendeu em meio à escuridão. O pai de Rafael se levantou, e abraçados saíram
daquele lugar tenebroso. A porta automaticamente se abriu e se acharam na
grande escada. A mesma voz autorizou-os a subir, dizendo que a porta se abria
no instante em que o amor se manifestasse naquele lugar de terror. </span><span>E ao
chegarem lá em cima, bem lá em cima, a porta já estava aberta. </span><span>Os
meninos e meninas de cabelos de algodão receberam Rafael e seu pai e ambos
entraram na festa onde os pais e filhos se adoravam e se amavam, se divertiam
na festa comandada por um Senhor de barbas brancas emocionado, com lágrimas nos
olhos e abraçado com Rafael e seu pai.</span><span> </span><span>Em
meio a emoções, o velho Senhor de barbas brancas disse a Rafael que tudo estava
resolvido, a festa iria acabar, mas existiria tempo para outras tantas festas e
que naquele momento ele teria que retornar à sua casa, aos seus estudos, e num
futuro, depois de passar por alegrias e tristezas, retornaria aquele lugar e
ficaria junto ao seu pai e a tantas pessoas que ama e ainda amará, de quem
conhece e ainda irá conhecer, para que as festas sejam ainda mais animadas e o
sentimento de amor seja eterno: </span></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Acorda Rafael! Não vá perder a hora de ir para a escola. </i></span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;"><span>- Já vou vó! Já vou.</span></i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><b>Antonio Auggusto João</b></span></p>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-35863505724699927082020-12-20T04:42:00.006-03:002020-12-20T04:44:33.081-03:00O SILÊNCIO DA PENHA<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPkIwQNU44jWlNHzd-13M4b4ldcBYBKanX8afal9FR73N8P5p5r1OwuMKEdlIoRng78hF7UCV8RBILU-QMm5jczh1m7P-JFKTNHjiejOF3I3nBi1dNISOL4InSStSEkpc4y8ZUgA0OTxB7/s2048/CAPA+SILENCIO+DA+PENHA+2a.+Edi%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPkIwQNU44jWlNHzd-13M4b4ldcBYBKanX8afal9FR73N8P5p5r1OwuMKEdlIoRng78hF7UCV8RBILU-QMm5jczh1m7P-JFKTNHjiejOF3I3nBi1dNISOL4InSStSEkpc4y8ZUgA0OTxB7/s320/CAPA+SILENCIO+DA+PENHA+2a.+Edi%25C3%25A7%25C3%25A3o.jpg" /></a></span></div><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><span>... Maria estava convicta que João havia se
regenerado e isso a fez acreditar em seus sonhos e nesses sonhos estava o seu
grande amor. João tornou-se calmo e carinhoso e o grande desejo de Maria aquela
época era engravidar. </span><span>Como
isso não acontecia marcou uma consulta médica para ver se o problema era com
ela ou com João. João se recusou a fazer qualquer exame e depois de muito tempo
Maria o viu nervoso e agressivo novamente. </span><span>Como
Maria estava tudo bem, os resultados dos exames assim diziam. Os anos de
convivência fizeram com que Maria soubesse o momento certo de convencer João e
ela insistiu até que conseguiu convencê-lo de também fazer os exames. Antes,
chegariam no dia de uma grande festa de um amigo de João. João estava feliz, estava
com grandes amigos e comemorando</span><i> </i><span>bodas
de prata de Ricardo e Cecília, amigos de infância de João. Durante a festa João
teve uma recaída. Ficou empolgado por estar na presença de vários amigos os
quais não via há muito tempo, e acabou se perdendo na bebida. </span><span>Durante o tratamento nos AA, João teve várias recaídas, mas naquela
festa João extrapolou e Maria resolveu repreendê-lo de uma forma mais dura:</span><span> </span><span>- </span><i>Querido! Vamos embora. Você está passando
dos limites.</i><i> - Não me perturbe, estou
me divertindo com meus amigos. </i><span>Respondeu João. </span><span>João
não conseguia parar em pé de tão alcoolizado. Os amigos perceberam a grave
situação, mas ao invés de ajudarem Maria, se esquivaram. </span><span> </span><span>- </span><i>Isso é um problema entre marido e mulher</i><span>.
Disse um deles. </span><span>João teve que sair carregado
da festa e quando chegou em casa caiu bêbado na cama e dormiu com a roupa do
corpo.</span><span> </span><span>No dia seguinte João acordou mais
cedo que Maria. Tomou um banho, trocou de roupa e foi ao médico. Queria provar
a Maria que não havia nenhum problema com ele e que não era sua culpa o fato de
Maria não engravidar...</span></div></span><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">TRECHO DO LIVRO </span></div>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-18037074759459971362020-12-20T04:31:00.007-03:002020-12-20T04:33:40.488-03:00VIDAS NEGRAS<p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO-Fpc_uO92O6aDIvawPtPhWTDvWP0JCEIf-l7PbR7SOShUC9zrTCoMbehWTYopNHSrpO8ai_by_JVT7SAI_xo3s_mBlLj6Kaqmt-6dfyy_BK_U6verZLmM8mOVAOys4fRhu-7aTXwqSv-/s2048/CAPAOFICIAL+VIDAS+NEGRAS.jpg" style="clear: left; display: inline; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO-Fpc_uO92O6aDIvawPtPhWTDvWP0JCEIf-l7PbR7SOShUC9zrTCoMbehWTYopNHSrpO8ai_by_JVT7SAI_xo3s_mBlLj6Kaqmt-6dfyy_BK_U6verZLmM8mOVAOys4fRhu-7aTXwqSv-/s320/CAPAOFICIAL+VIDAS+NEGRAS.jpg" /></a></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span>Quanto
estava procurando estágio em um hospital, o aluno Antonio de Medeiros chegou
para a entrevista e disse: - <i>Sou
estudante de medicina e marquei para conversar com o Dr. Carlos Cardozo! </i>A mulher branca que o atendeu perguntou: </span><i>- Você
quer estágio para aluno de enfermagem? </i><span> </span><span>Ele respondeu: </span><i>- Não, estágio para aluno de medicina</i><span>. </span><span>Ela repetiu novamente: </span><span>- </span><i>Estágio
para alunos de enfermagem? </i><span>Foi difícil até cair a ficha da mulher
branca e chamar o médico para a entrevista. </span><span>Outro fato aconteceu durante um estágio,
quando Antonio de Medeiros examinava uma paciente internada. Ele, juntamente
com um colega, era responsável pelo leito em que a paciente estava. Sempre que
ele chegava para examina-la, eram vários xingamentos e ela pedia para chamar o
médico. Achava que porque ele ainda era um estudante, até que um dia chegou
quando ela estava </span><span>sendo
examinada por uma enfermeira branca, e ela disse: </span><span>- </span><i>O enfermeiro
já chegou? Onde ele está? </i><span>A
enfermeira lhe disse que ele que era o médico e ela a enfermeira. Daí entendeu
então o porquê ela pedia para chamar o médico. Outro fato marcante vivenciado
pelo ainda aluno Antonio de Medeiros foi quando uma colega também negra, que
estava um ano adiantada e depois de formada em dois mil e dezessete, iniciou
seus trabalhos como médica dermatologista num hospital público da cidade e em
seu primeiro dia também foi anunciada como enfermeira e para mais desprezo
ainda, na reunião em que foi apresentada aos outros servidores, na saída, ouviu
de uma senhora, uma enfermeira branca que aparentava vários anos de serviços
prestados: </span><span>- </span><i>Você
acha que vai entrar no hospital com esse cabelo? </i><span>Esses são alguns exemplos vivenciados pelo
aluno Antonio de Medeiros durante o ano de dois mil e dezoito que resolveu
“ignorar”. Sua ideia era a de terminar o curso, se formar como médico e seguir
uma carreira de êxitos, independentemente desses fatos absurdos, muitas vezes
cruéis. O importante dali em diante seria sua segurança, sua competência e
dedicação em salvar e cuidar de vidas.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">TRECHO DO LIVRO</span></div>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-91160031806095936102020-12-19T22:44:00.000-03:002020-12-19T22:45:10.915-03:00ALGUMAS CARTAS GUARDADAS NA MEMÓRIA - VOL. V<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNIqRK4ORz62F-8d73cbbj4GijrK8AoFC0RCtqBz-lGBFVpeNGLSsxWfI2EHAHm9DSUL60bO3BEKUjvbgfEXQiIGuwmQsJYjlqrE1VmmF8qWzDpZVyekFbIdIsCIosVJQyYwhjVKXVhW7w/s1600/CAPAOFICIALLIVROALGUMASCARTAS+V+%25281%2529.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhNIqRK4ORz62F-8d73cbbj4GijrK8AoFC0RCtqBz-lGBFVpeNGLSsxWfI2EHAHm9DSUL60bO3BEKUjvbgfEXQiIGuwmQsJYjlqrE1VmmF8qWzDpZVyekFbIdIsCIosVJQyYwhjVKXVhW7w/s320/CAPAOFICIALLIVROALGUMASCARTAS+V+%25281%2529.jpg" width="234" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span face="Verdana, sans-serif">Vejo o sol se escondendo
atrás das montanhas, as ondas do mar bem calmas e uma suave brisa no ar. No céu
o voo rasante do condor enfeitando a paisagem, no mesmo momento que
emerge das águas do mar uma sereia, mulher exuberante que aparece toda vez
que o condor está voando. </span><span face="Verdana, sans-serif">Queria eu ser o condor,
para sensibilizar a sereia e tê-la numa visão privilegiada, filmar seus
movimentos nas águas do mar e vê-la revoltando seus cabelos e confundindo seus
olhos com a imagem do mar, vista de cima, entre nuvens de algodão, no céu azul. </span><span face="Verdana, sans-serif">Na manhã seguinte, cai
no mar novamente no mesmo momento em que o sol estava nascendo. No céu, não avistei
o condor. Deveria estar guardando suas energias para vir rasante quando
avistasse a sereia mergulhando no mar. </span><span face="Verdana, sans-serif">E essa paixão, quando
avassaladora, confunde o real com o imaginário e em meus devaneios sou o
pássaro condor, feroz, em busca da minha presa, minha sereia, dotada de toda
sentimentalidade do amor perfeito, onde os sonhos se tornam realidade e as
nossas vidas passam a ser a plenitude do amor maior, feitio de paixão e assim
posso morrer de amor, ressuscitar no final do dia, quando o sol se por e as
estrelas uma a uma iluminarem o céu como os olhos da sereia. Vou olhar para o
céu em todos os finais de tarde, ver a paisagem com o sol e as montanhas – uma
obra prima, e o reflexo da sereia no espelho do mar. E como pássaro condor, impondo
minhas asas, voarei para buscar você – minha sereia, e saciar minha fome de
amar, pois nem mesmo nas profundezas do mar azul, posso ter em meu pensamento
que sou infeliz, pois tenho você, sereia. Vejo em teus olhos da cor do mar
toda a sentimentalidade do bem querer. </span><span face="Verdana, sans-serif">Tenho nos raios de luz
dos teus cabelos toda maneira de te querer bem, desejar, possuir.
Assim, transformo-me no Pássaro Condor, feroz, a procura de
amor. Caço toda matéria nos mais longínquos cantos para poder te oferecer
como prêmio de toda minha devoção. Mergulho no mar -caço você - minha
sereia... Tento entender como esta presa que acorrenta meu coração, sufoca
minha alma, possa me possuir assim, com tanta ternura: </span><span face="Verdana, sans-serif">- </span><i>Mulher, metade amor metade paixão - que nem os dentes afiados de um
tubarão sedento possa me conter...que nem a mais raivosa das tempestades
possa me deter - Sou o teu príncipe do mar</i><span face="Verdana, sans-serif">. </span><span face="Verdana, sans-serif">Sou homem desvalido de tanto
amar. Ressuscito quando o sol se põe, para viajar num sonho possível, onde
a cada noite dou um pedaço do meu coração. Mesmo sangrando, meu coração
pula do peito e pode ainda bater por longos dias, como prova de meu
amor. De tanto amar, me vem o Pássaro Condor, no meu íntimo, na sua
devoção, com a presa em suas mandíbulas, trazendo mais um pedaço de você, para
que brote novamente o meu coração. </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span face="Verdana, sans-serif" style="font-family: helvetica; font-size: medium;">TRECHO DO LIVRO...</span></b></div>
PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-49644274678659499252020-12-19T19:59:00.000-03:002020-12-19T20:13:41.482-03:00PARA AUDREY, COM AMOR!<!--[if gte mso 9]><xml>
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<div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">Os preparativos para a festa de formatura estavam avançados
e os alunos ansiosos, sentimentais nas conversas e nas reuniões de
despedida. Muitos mudariam de cidade em busca de uma colocação
profissional e outros, como Jonathan, atravessaria o oceano para estudar, se
aperfeiçoar num intercâmbio graças à bolsa de estudos que ganhou classificado
como um dos melhores alunos da universidade federal. Jonathan estava muito
feliz pela oportunidade de estudar, ainda mais sabendo que depois de dois anos
voltaria com a garantia de um excelente emprego numa empresa multinacional.
Entretanto, não escondia sua preocupação com Audrey, que prometeu esperá-lo
para se casarem. Audrey estava em tratamento de uma doença rara, que
prejudicava sua coordenação motora, cujos médicos ainda não tinham um
diagnóstico preciso. Assim sendo, preferiu adiar seu intercâmbio e
Jonathan iria sozinho. Mas, o mais importante naquele momento foi o baile de
formatura, comandado pela orquestra municipal, alunos formandos e seus
familiares estavam felizes e se confraternizando pelo diploma e pelo objetivo
conquistado. Um a um, os casais de alunos eram anunciados pelo mestre de
cerimônias e sob palmas e vivas passavam por um corredor para receber os
comprimentos em meio aos flashes que registravam todos os momentos da festa,
para ficarem guardados para sempre. Quando Jonathan segurou na mão de
Audrey ao serem anunciados, sentiu a emoção da despedida. - <i>Atenção
formandos para a hora da valsa! </i>O mestre de cerimônias anunciava o
momento da valsa. A primeira seria com o pai ou mãe, depois padrinhos e a
terceira seria para os casais enamorados. A hora da despedida estava chegando e
todos estavam emocionados e talvez tenha sido por isso que Jonathan não tinha
dado importância ao fato de que Audrey estava tremendo, quando segurou em sua
mão para dançarem. Durante a valsa os olhos de Jonathan e Audrey ficaram
perdidos, filmando todos os detalhes que fariam parte de uma saudade breve e
ansiedade pelo regresso que um dia iria chegar. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Os olhos de Audrey se fixaram nos olhos de Jonathan, que se
preocupou quando sentiu todo peso de Audrey em seus braços. A música
entoava uma harmonia agradável e romântica que os olhos de Audrey abriam e
fechavam, contemplando um largo sorriso adocicado em seus lábios de
mel. - </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;">Você está se sentindo bem? </i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Bastou Jonathan questionar Audrey que ela caiu,
literalmente, em seus braços. Parecia desmaiada. A música parou e todos se
assustaram com a cena. Audrey ficou sem movimentos e desacordada. Logo a
levaram para longe dali e a orquestra voltou a tocar para que não deixasse um
ar de preocupação ainda maior entre as pessoas. Uma ambulância logo chegou
e levou Audrey para um hospital. Chegando, foi removida imediatamente
para uma UTI, tendo Jonathan sempre ao seu lado. Das crises, aquela havia sido
a mais preocupante, a que deixou os pais de Audrey e Jonathan mais preocupados.
Quatro dias se passaram e Audrey não demonstrava nenhuma reação. Enquanto
aquilo acontecia, os médicos repetiam as baterias de exames, mas sem chegarem a
um diagnóstico preciso e concreto. Todos ficaram preocupados e Jonathan
posicionou a todos que adiaria a viagem. Não teria condições psicológicas para
viajar para o outro lado do mundo e deixar Audrey naquele estado. Depois de
quinze dias Audrey acordou. Ficou consciente, reconheceu a todos e ficou
preocupada por não ter visto Jonathan ao seu lado. Jonathan ficou muito
cansado, passou dias e noites no hospital ao lado da mulher amada e tinha ido
para casa, tomar banho, trocar de roupa para voltar novamente ao hospital e
ficar ao lado de Audrey. Ao vê-la consciente novamente, disse a ela que nada
era mais importante que sua saúde e que havia tomado uma importante
decisão: - </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;">Audrey, não vou mais viajar. Não posso ficar longe de
você e não vou me dar bem do outro lado do mundo sabendo que você não está bem
aqui. </i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Por mais que Jonathan tenha relutado em ficar, foi convencido
pelos familiares e pela própria Audrey a ir embora em busca do seu sonho de
realização profissional: - </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;">Ficarei bem meu amor. Ficarei te esperando
até sua volta. Vá e realize seu sonho</i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">. Disse Audrey na despedida. Jonathan
partiu preocupado e com lágrimas nos olhos. Audrey teve uma razoável
melhora, mas sua doença ainda era um mistério para os médicos. Algum tempo
se passou e Audrey começou a lecionar numa escola particular de línguas.
Conversava com Jonathan no máximo duas vezes por semana. Jonathan por sua vez,
tinha uma vida atribulada de estudos e estágios e pouco tempo de lazer. Quando
sobrava algum tempo tinha que descansar para poder enfrentar a maratona pesada
de trabalhos e estudos, mas estava satisfeito, porém com muita saudade da
família e principalmente de Audrey. Quando existe a saudade no coração, o
tempo é cruel e custa a passar. Nos momentos em que ficava só e isolado,
Jonathan recordava com amor dos momentos felizes que passava com Audrey, mas
ficou mais despreocupado, pois houve uma boa melhora na saúde da mulher que
tanto amava. Perto de completar um ano distante de Audrey, Jonathan ligou
para dar uma excelente notícia: Passaria o natal com ela e toda família graças
a uma semana de férias antes de iniciar seu ultimo ano de intercâmbio. Audrey
não se coube de tanta alegria e não via a hora de chegar o dia de reencontrar
seu grande amor. Quando Jonathan chegou, a casa estava toda harmoniosa, com
enfeites natalinos e ao ver Audrey à distância, correu até que pudessem se
abraçar: Jonathan e Audrey se abraçaram e se beijaram no reencontro e não
quiseram perder um só minuto para ficarem juntos e aproveitarem o pouco tempo
que teriam antes de Jonathan retornar aos estudos. Muitos planos estavam
fazendo para depois do último ano </span><st1:personname productid="em que Jonathan" style="font-family: helvetica; font-size: large;" w:st="on">em que Jonathan</st1:personname><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"> concluiria seu intercâmbio e
voltaria de vez para uma vida nova junto de Audrey. Assim, as festas de natal
passaram depressa e Jonathan teria de retornar. Audrey lhe fez um pedido antes
de partir: - </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;">Quando se aproximar a data do seu retorno, plante uma
flor, espere ela brotar e traga-a para mim num pequeno vaso. </i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Jonathan
disse que atenderia o pedido de Audrey, sem mesmo perguntar o porquê e
partiu.Passado um tempo Jonathan recebeu a notícia de que Audrey havia tido
novas crises e que tinha ficado internada. Jonathan se desesperou, ameaçou
largar tudo é vir ao socorro dela, mas foi convencido a ficar. Jonathan ficou
desconfiado de que estavam lhe escondendo algo sobre a saúde de Audrey e isso
fez com que começasse a ter níveis mais baixos de avaliação onde fazia estágio
e estudava. Novas crises apareceram e Jonathan sentia que algo grave estava
ocorrendo com Audrey. - </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;">Os médicos descobriram a doença e ela está
internada e sendo tratada. - Eu quero falar com ela! - Quando for o
momento e os médicos assim permitir você falará com ela! </i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">E quando
chegou o momento </span><st1:personname productid="em que Jonathan" style="font-family: helvetica; font-size: large;" w:st="on">em que
Jonathan</st1:personname><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"> conseguiu falar com Audrey, sentiu que estava
dispersa, falando coisas sem sentido, mas lembrou-se da flor e pediu que
Jonathan não esquecesse de trazê-la. Finalmente chegou o dia de Jonathan
regressar, de reunir os dois lados. Em sua bagagem o sucesso de um intercâmbio
perfeito, emprego garantido e possibilidade de concretizar todos os planos que
fez, ao lado de Audrey. Seu pensamento positivo fazia com que ele imaginasse
encontrar Audrey bem, curada de sua enfermidade e feliz, correndo para abraçar
e beija-lo, matando a saudade de seu grande amor. Jonathan segurava a flor
amarela com o maior cuidado, como se fosse um prêmio, um troféu, um objeto de
devoção. Lembrou-se que poderia escrever um cartão para colocá-lo junto com a
flor, e assim o fez: - </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;">Por favor, quero comprar um cartão de
presente! - Sim senhor! Pode escolher entre esses! - Eu gostei deste! -
O senhor vai escrever alguma coisa? - Sim. Escreva por favor: <b>Para
Audrey, com amor! </b></i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">O voo que trouxe Jonathan de volta teve vários
atrasos, várias conexões e o tempo que ficou incomunicável foi de quase três
dias. Ao chegar, estranhou que ninguém estava lhe esperando no aeroporto. Pegou
um táxi e seguiu para casa. No caminho sentiu um calafrio, suas mãos ficaram
geladas, assustou como se um vulto tivesse passado à sua frente e segurou com
mais cuidado a flor amarela que carregava. Chegando em casa não tinha ninguém
de seus familiares e dos familiares de Audrey lhe esperando. Chegou a chamar
por eles, mas ninguém respondeu. A casa estava vazia, nem os cachorros estavam
latindo como de costume, até que apareceu um senhor de quem Jonathan não conhecia
e que lhe entregou um bilhete com um endereço, onde alguém pedia que fosse
imediatamente até o local assim que chegasse: - </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;">Meu amigo, vá
depressa antes que seja tarde! </i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Disse o desconhecido. Jonathan se
desesperou, mas continuou segurando com todo o cuidado a flor que Audrey lhe
pediu. O táxi demorou a chegar aumentando ainda mais a ansiedade de Jonathan
que depois, questionado pelo motorista do porque estava chorando, disse-lhe que
estava com a sensação de ter perdido um pedaço de seu coração e de sua alma. E
ao chegar no local determinado no bilhete, Jonathan adentrou ao recinto. Ouviu
choros e gemidos. Não quis olhar no rosto de ninguém antes de ver Audrey.
Jonathan estava sereno, como se estivesse sendo guiado por uma força suprema,
divina, como se estivesse sendo emanado por um raio de luz. Jonathan sabia onde
estava e porque estava naquele local, só não quis acreditar. Um local obscuro,
triste, com cheiro forte de parafina de tantas velas que estavam sendo
queimadas, misturando-se com o forte perfume de flores de todas as espécies e
cores. Nas laterais de paredes geladas, ficavam os vultos de seus familiares e
amigos. No centro um caixão branco, "enfeitado" com flores coloridas,
e dentro dele estava Audrey, de olhos fechados, sem expressão ou marcas de sofrimento.
Encostado ao caixão existiam várias coroas de flores e faixas com a palavra
"saudade". Jonathan entrou bem devagar com a flor em suas mãos e
avançou até o caixão sem dizer nada a ninguém e ninguém o interpelou. Jonathan
colocou a pequena flor amarela bem perto do rosto de Audrey, deu-lhe um beijo
na face e fez o sinal da cruz. Do bolso, tirou um lenço branco para enxugar
suas lágrimas e um cartão, onde estava escrito "</span><b style="font-family: helvetica; font-size: large;"><i>Para Audrey, com
Amor!</i></b><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">" </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><b>ANTONIO AUGGUSTO JOÃO</b></span></p></div>
PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-86804450293587852522020-12-19T19:38:00.000-03:002020-12-19T19:40:20.537-03:00CONVERSANDO COM DEUS<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKrmGLq79OLmGTxiROgS2CFxx1DZmPHSoYwG08B_ZxGDGjvNmTu1vQgwVr2f9pZ_BNOOZdZE6E3bVOGc2tkV2x0NpJopZZjl1o0CgJzdbisySF2Ai7IaXwXP-LkEdJ76_DfBZISKINpC1E/s1600/capa+oficial+A4.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1131" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKrmGLq79OLmGTxiROgS2CFxx1DZmPHSoYwG08B_ZxGDGjvNmTu1vQgwVr2f9pZ_BNOOZdZE6E3bVOGc2tkV2x0NpJopZZjl1o0CgJzdbisySF2Ai7IaXwXP-LkEdJ76_DfBZISKINpC1E/s320/capa+oficial+A4.jpg" width="226" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="color: black;">Escrevi na contracapa do livro <i><span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Conversando com Deus</span></i>, algumas
palavras caladas para que pudesse agradecer, apenas agradecer. Sei que Ele me
ouve, lê meus pensamentos e me protege, até quando os lobos feitos hereges
tentam me enganar. Na contracapa escrevo: Meu Deus, esta carta é para o Senhor
saber o quanto estou "<i>decepcionado</i>". </span><span style="color: black;">Afinal, não houve tantas tempestades para
que eu pudesse salvar o meu amor. Não pude andar sobre as águas escusas para
salvar quem tanto amei. A fúria dos vulcões foi apenas meu coração querendo
entrar em erupção de tanto amor a quem o Senhor no meu caminho pôs. Meu Deus!
Fazeis chover para que no meu jardim as rosas possam exalar o cheiro do meu
amor, fazeis com que a correnteza das lágrimas de felicidades que chorei
encontrem os rios de águas claras cristalinas, puras tão divinas, para eu poder
matar a sede do meu bem. </span><span>Deus, vou lhe chamar para lhe mostrar e
conversar com meu amor. O Senhor vai ver como fiquei depois que me apaixonei.
Deus, quando encontrá-lo, vou lhe contar que conquistei a felicidade que tanto
sonhei. </span><span>Assim,
pode esperar que verás uma alma que retratará um pedaço de mim, a pessoa que me
completa e que me faz tão bem. </span><span>Daí, vou confessar o quanto é bom amar. E
é por isso que eu te amo e rezo para cuidar de mim, da minha vida, que apesar
de tantas agonias, sou feliz sim, por nunca deixar de acreditar no Senhor!
Amém! </span><i><span style="color: black;">Que Deus esteja sempre iluminando a vida
de todos nós</span></i><span style="color: black;">.</span></span></div>
<b><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">ANTONIO AUGGUSTO JOÃO</span></b></div></b>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-19739284344347752492020-12-19T19:23:00.002-03:002020-12-19T19:40:59.256-03:00CARTA PARA MINHA MÃE<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: "tahoma";"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghmHF-euci-QqCdNjPqxhhsXfzc2U4czhVMaJvlOVmgM4pYNUacz91BYfCcq9sNchftAxYNzXJvNR4-KecU_P6FdsFOsipahVN17lqHLxUi8FoQJzjRCREUzlaIjsfmx-B_ajdqakzwu0x/s1600/CAPA+MAE+A4+OFICIAL.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghmHF-euci-QqCdNjPqxhhsXfzc2U4czhVMaJvlOVmgM4pYNUacz91BYfCcq9sNchftAxYNzXJvNR4-KecU_P6FdsFOsipahVN17lqHLxUi8FoQJzjRCREUzlaIjsfmx-B_ajdqakzwu0x/s320/CAPA+MAE+A4+OFICIAL.jpg" width="226" /></a></span></div>
<span style="font-family: "tahoma";">Toda vez que aproxima o dia das mãe, penso
em comprar o melhor presente para poder oferecer: </span><span style="font-family: "tahoma";"><i style="mso-bidi-font-style: normal;">-Não se preocupe mãe, não vou esquecer do seu presente não! </i></span><span style="font-family: "tahoma";">O seu
presente será algo simples, assim como eu e você gostamos, pois o que vale
mesmo é o nosso amor. Sei que você nunca ligou para presentes. Preferia que nós
estivéssemos ao seu lado para você cuidar de cada um, dividindo o seu imenso
coração, sabendo como cada um gostava de ser tratado, pois você nunca se cansou
de distribuir carinho e amor para toda a família. Ontem cheguei tarde, cansado, dormi com a
roupa do corpo e me esqueci de lhe dar um beijo de boa noite, de despedida. Sei
que você me compreende e não vai ficar chateada. Foi assim que aprendi a viver e foi você
quem me ensinou. Penso em você todas as noites e em todos os momentos,
principalmente quando estou em apuros e não posso correr para seus braços, não
tenho as suas asas para me proteger e o seu colo para me abrigar: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mãe,
enxugue as minhas lágrimas! Sopre o meu coração, pois está doendo tanto e tenho
medo que ele pare de bater, de tanta saudade que tenho de você! </i>Ao escrever esta carta, prometi que não ia
chorar. Que iria lembrar-se dos nossos momentos felizes e até das vezes em que
você puxou minha orelha ou me deu uma chinelada na bunda, das tantas <i style="mso-bidi-font-style: normal;">artes</i> que eu aprontava... - <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Mas
mãe... Não dá! </i><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>As minhas lágrimas são como as gotas de
orvalho que eu ficava apreciando na janela embaçada pelo frio, esperando você
chegar para que eu pudesse te abraçar e te beijar, pois a única tristeza que
apertava nossos corações foi a saudade. Queria muito que você pudesse ler esta
carta. Sei que me daria o melhor conselho, o afeto e o carinho que vive fugindo
de mim. Peço a DEUS que isto seja possível... <i style="mso-bidi-font-style: normal;">-
Sei que será! </i>Se
por algum motivo não possa ler esta carta, não faz mal... Mas, faça um esforço,
peça para Deus deixar você ler essa carta! Rezarei para todos os Santos
intercederem, clamarei em todas as orações para que este escrito possa chegar
até você, aí no céu, e que os anjos possam te entregar esse meu presente, para
que eu receba de ti uma mensagem de paz e você possa sentir novamente todo o
amor deste teu filho e de meus irmãos, que nunca vão te esquecer.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "tahoma";"><o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "tahoma";"><br /></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "tahoma";"><b>ANTONIO AUGGUSTO JOÃO</b></span></div>
<br />PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-50537310910018259492020-12-19T18:28:00.002-03:002020-12-19T19:42:33.659-03:00SUBINDO A RAMPA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguGQKGSb-YjjAMe5JZg14oVekdUZjRlpRUUFnwjCSpRW_ATEwyJJ5ZVz9_g44qvYcDNx3ybN1ftgKL2DXvKRC9WAMBeEaANnG5xazWRlAfUAwfkwGlkLI3Np7QxqVJgS_h1jGcTDu0WvPb/s1600/Capa+Oficial+Cartas+Po%25C3%25A9ticas+Vol.+II.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguGQKGSb-YjjAMe5JZg14oVekdUZjRlpRUUFnwjCSpRW_ATEwyJJ5ZVz9_g44qvYcDNx3ybN1ftgKL2DXvKRC9WAMBeEaANnG5xazWRlAfUAwfkwGlkLI3Np7QxqVJgS_h1jGcTDu0WvPb/s320/Capa+Oficial+Cartas+Po%25C3%25A9ticas+Vol.+II.jpg" width="226" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span>Estava pronto para sair para o trabalho
quando o telefone tocou: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">- Era minha mãe.
Ela estava aflita. </i></span>Tomei
um gole de café, fui até o quarto das crianças, sai às pressas dando tchau: <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Seu
pai não está bem. </i>Disse minha mãe ao telefone. Meu pai precisava ir com urgência para o
hospital. Assim que acordou, minha mãe o convenceu: <i style="mso-bidi-font-style: normal;">-
Ele passou a noite inteira gemendo, se movendo na cama de um lado para outro</i>. <span>Cheguei rápido. Meu pai estava sorridente,
procedimento que sempre usou para não deixar minha mãe preocupada: – <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ele escondia a dor</i>. </span><span>Pediu para fazer a barba antes de sair,
passou a colônia de alfazema e colocou a camisa para dentro da calça. Ele agia
como se não estivesse acontecendo nada. Apesar da gravidade aparente, ele
estava bem otimista, assim como todos nós. No caminho, não falamos em doenças,
médicos e hospitais, mas sim de recordações de alguns momentos de nossas vidas:</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>– Momentos felizes! </span></i><span>Não poderia, nunca mesmo, deixar de escrever
esse acontecimento, depois de tantos sonhos que tive com meu pai, apesar de
saber bem o final. </span><span>É mais uma página do Livro da Minha Vida,
das nossas vidas, gravado para sempre na memória de toda a família. Chegamos ao
hospital rapidamente e existia uma fila aonde várias pessoas iriam se internar.
Pela ordem de chegada, meu pai ficou perto da rampa que dava acesso a sala de
internação. Minha mãe não pode ficar ao lado dele e fiquei na recepção cuidando
dos papéis para a internação. Do último diálogo que me lembro, minha mãe pediu
para que ele ajeitasse a camisa dentro da calça. De repente, ouve-se uma voz
grave, pedindo para que as pessoas daquela fila começassem a andar em direção a
sala de internação. </span><span>Lembro
que meu pai disse: </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span>- Fiquem com Deus! </span></i><span>Minha mãe respondeu:</span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span>- Amém! </span></i><span>Meu pai ficou parado no início da rampa, a
todo o momento olhando para trás, procurando por mim e pela minha mãe, acenando
com a mão direita e segurando um lenço branco na mão esquerda. </span><span>Quando
chegou sua vez de caminhar em direção a sala de internação, lembro
perfeitamente do meu pai Subindo a Rampa – Acenando! Como querendo dizer até
breve, adeus... Como uma criança que se perdeu do braço da mãe, mas que
caminhou - </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Subindo a Rampa</i><span> - De
encontro aos braços de DEUS.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">ANTONIO AUGGUSTO JOÃO</span></b></div>
<br />PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-58544134410493021042020-12-19T15:00:00.002-03:002020-12-19T19:10:00.224-03:0070 x 7 <!--[if gte mso 9]><xml>
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<span face=""Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span face=""Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif"><span><span style="color: black;">...</span><span style="color: #999999;"> </span><i><span style="color: black;">Da cabeceira da cama pode tirar o teu retrato, não
vou querer recordar. Ao passar pela ultima vez no jardim que um dia brotaram
rosas coloridas, não deixe rastros sem saídas, não pise fundo nas terras
negras, pois vem de lá toda a inspiração para meus versos. Tome muito cuidado
com os buracos que você mesma deixou para que eu pudesse cair em suas
armadilhas. Ao sair de casa, não derrube o que estiver pela frente, não destrua
o que já está destruído e nem bata a porta com a força da sua indignação, pois
eu não estou vendo a tua ira. Passando pela sala de estar junto à mesa de
jantar, não se esqueça de recolher as rosas sobre a mesa... Elas não vivem
mais... Ficaram murchas, [cresceram-se em espinhos], secaram com o tempo,
morreram como o amor que um dia eu e você pensamos ter existido.<span> </span></span></i></span></span></span><span face=""Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif" style="text-align: justify;"><span><span style="color: black;">Eu não sou um homem perfeito nem o
filho preferido de Deus. Eu tenho paciência e faço todos os dias o exercício do
amor. Não mostro a Deus o tamanho dos meus problemas e sim aos meus problemas o
tamanho de Deus. Já nos perdoamos mais de setenta vezes sete, mas o remorso
quando retorna vem como a força de um furacão e uma palavra mal dita pode
incitar novamente à ira de nós dois. <span></span>Naquela tarde eu
estava terminando de escrever um romance.<span>
</span>Pra variar, escrevia sobre dor, tristeza, desilusão... Desamor. É fácil
escrever sobre nossas dores. Difícil é encontrar um final feliz, pois a
felicidade quando é plena e verdadeira, advém de uma dor. Eu não estava
esperando por ninguém é quando o interfone tocou, achei que foi por engano, mas
a outra voz, do outro lado da linha, queria muito falar comigo. </span></span></span><span style="text-align: justify;">- </span><i style="text-align: justify;">Eu Preciso falar com você.<span> </span>Pode me atender? </i><span face=""Helvetica Neue",Arial,Helvetica,sans-serif"><span></span></span><span style="text-align: justify;">Eu bem sabia de quem era a voz do outro lado da linha, mas não
queria acreditar. Logo pensei em discussões, novas brigas, ofensas... Fazia
quase dois anos que eu não a via. Estava bem mais magra, olheiras profundas e
cor pálida: Estava acabada. Pensei que de certo vinha conversar sobre algo que
ainda tínhamos em comum, mas poderia ter me telefonado. </span><span style="text-align: justify;"></span><span style="text-align: justify;">Aí é que vem a
retórica, a oportunidade de dizer a coisa certa. Também vem a vingança,
oportunidade de regressar, de reverter o prejuízo da última briga, mas sou capaz
de amar o mais ferrenho inimigo, pois aprendi com a vida e talvez seja por isso
que sofro com isso. De certo que não lhe disse que tinha prazer em revê-la,
porém ouvi paciente a sua queixa. Realmente ela estava precisando de ajuda e se
me procurou, acreditei que teve várias portas fechadas e aqueles que se diziam
amigos e foram contra mim, a deixaram na mão, sozinha na contra mão da vida. </span></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- </span><i style="font-family: helvetica; font-size: large;">Sua situação é muito delicada. </i><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Fazia tempo que não
nos olhávamos nos olhos. Pude ver a mulher que conheci, sem os vícios mundanos,
sem o orgulho de quem não conquistou nada e vivia pisando nas pessoas. Como já
disse, longe de eu ser o filho preferido de Deus, pois eu também tenho os meus
pecados e vai chegar uma hora que vou ter que ser perdoado. A vida inteira tive
o coração mole e diante de mim existia uma pessoa pedindo ajuda.</span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"> </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">É claro que não neguei, não virei às costas,
não bati a porta e nem carreguei comigo as rosas sobre a mesa, pois as rego
todas as manhãs esperando dias melhores. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Foi difícil a
reconstrução de seu problema. Dispus-me a ajudar sem piedade, sem desejar algo
em troca... Ajudei porque o meu espírito é assim, fraterno, bondoso e caridoso. Porém, a vida nos
prega cada peça, nos decepcionamos tanto com as pessoas, mas o que fica gravado
sempre é a nossa honestidade e a nossa consciência. Foi só a situação começar a
se organizar, com a minha máxima ajuda, que a discórdia imperou novamente. Os
olhos cresceram, os saltos também...</span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">E a prepotência votou
a reinar e com isso vieram novamente as brigas, as implicâncias e
discordâncias, mas eu sou compreensivo e sempre soube a hora de sair de cena e
deixar o barco navegar sem que eu esteja no timão. Mas a vida continua e o
barco segue... E se por acaso, mais uma vez, ela bater à minha porta pedindo
socorro, é claro que vou abrir a porta, pois o exercício do perdão não tem fim
e é por isso que sigo a instrução do criador em perdoar setenta vezes sete.</span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"> </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Contudo, sei que a
vida pode me colocar do outro lado e eu tenha que bater à porta dela. Se isso
acontecer não sei se serei bem recebido, da mesma forma que a recebi. Realmente
sou sincero em dizer que não tenho certeza. Talvez o meu orgulho me impeça de
procura-la, em qualquer circunstância, mesmo se for a última pessoa da face da
terra. Se eu tiver que aceitá-la, acredito que minha história jamais irá
terminar, pois mesmo que eu desapareça, existirão vários rastros para que
outras pessoas possam me encontrar. Mas, se por acaso eu me perder e estiver na
beira do abismo, pedindo que alguém me estenda a mão, sei que ela surgirá para
me empurrar ribanceira abaixo, pois acredito que seja a única pessoa nesta vida
que deseja o “melhor” para mim!</span></div></span>
<br />
PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-31297120114270707482020-12-19T14:21:00.001-03:002020-12-19T19:08:57.863-03:00ANEOBALDA - BONECA DE DEUS <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcAlZnbcoi5DQIJsMHyfm-qFWrbVgcPpVFwNclAqRzUFYxu2Jqg5IpQOzbk7K7RDsM7tWKpKgrCFThlALsodgQWh7Os5us0hWFHwpCSDKcQCMEyECPV-T6tb2-TMsI96tiHspMaxfzp8zE/s1600/CAPA+OFICIAL+ANEOBALDA+2a.EDI%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcAlZnbcoi5DQIJsMHyfm-qFWrbVgcPpVFwNclAqRzUFYxu2Jqg5IpQOzbk7K7RDsM7tWKpKgrCFThlALsodgQWh7Os5us0hWFHwpCSDKcQCMEyECPV-T6tb2-TMsI96tiHspMaxfzp8zE/s320/CAPA+OFICIAL+ANEOBALDA+2a.EDI%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" width="229" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 120%; text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">Deus me deu Você para que eu me enxergasse, para manter-me forte e ajudar-me a tocar em frente. Deus me deu Você para partilhar meu coração e minha alma, para trazer-me coragem e esperança, para ensinar-me o significado do Amor Incondicional. Deus me deu Você para aceitar-me como sou para entender minhas dificuldades, para que eu tivesse um Amor de verdade. Deus me deu Você para trazer-me lições, ajudar-me a crescer e fortalecer meu espírito. Deus me deu Você para dar-me esperanças, clarear meus pensamentos e encorajar os meus sonhos. Deus me deu Você para inspirar-me a ser o melhor que eu possa, para mostrar-me a importância da verdade e da alegria de oferecer meu coração ao conforto de outro coração. Deus me deu Você para ensinar-me a deixar as tristezas de lado, para eu declarar-me vulnerável quando assim estou e para mostrar meu verdadeiro eu e minhas ocultas esperanças. Deus me deu Você, um anjo, uma Boneca... E embora Deus tenha te levado de volta porque sentiu muita, mas muita saudade de Você, eu compreendi, porque Deus também sente saudade e chora a falta de seus anjos. Deus me deu Você para amar, para assumir e entregar minha confiança da forma que eu sempre quis. ELE me deu Você porque tinha um plano: Fazer-me feliz! Eu sou feliz por ter podido ter sido o seu Pai, Boneca de Deus, na qual Deus confiou e me fez verdadeiramente FELIZ!</span></div><div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; line-height: 120%; text-align: justify;">
<div data-block="true" data-offset-key="3dqah-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="3dqah-0-0"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div data-block="true" data-offset-key="2q24r-0-0">
</div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background-attachment: initial; background-clip: initial; background-image: initial; background-origin: initial; background-position: initial; background-repeat: initial; background-size: initial; text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial narrow";"><span style="font-size: 19.3333px; line-height: 23.2px;"><b><br /></b></span></span></div>
PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-49114957412045373072020-12-18T23:31:00.001-03:002020-12-19T22:40:13.484-03:00AMOR EM PEDAÇOS<div data-block="true" data-editor="1m3f" data-offset-key="fjonl-0-0">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY0oNqL8joNpdGoYx1OzPkfl7BSxVJzvtetHjWpAiilYrUv2qiYSD-zUbEqOuLLHsXquH7VKWuXMll_6eezOucXM_ZJH9P-4z6wx7lkPfWpUN0RxtjZz0C4Aj7RwmMiGI2Llp4OO0o_uvd/s1600/CAPAOFICIALLIVROAMOREMPEDACOS.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjY0oNqL8joNpdGoYx1OzPkfl7BSxVJzvtetHjWpAiilYrUv2qiYSD-zUbEqOuLLHsXquH7VKWuXMll_6eezOucXM_ZJH9P-4z6wx7lkPfWpUN0RxtjZz0C4Aj7RwmMiGI2Llp4OO0o_uvd/s320/CAPAOFICIALLIVROAMOREMPEDACOS.jpg" width="225" /></a></div>
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="fjonl-0-0" style="text-align: justify;"><i><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">- Juninho! Venha aqui meu filho! Vem pegar o dinheiro para comprar o pão! </span></i><span style="font-family: helvetica;"><span style="font-size: medium;">Todos os dias pela manhã minha mãe pedia para i</span><span style="font-size: large;">r buscar o pão. Ela sabia o horário certo que o Seu Manuel da padaria fazia os pães e pedia para eu ir de bicicleta, e os comprava ainda bem quente. Eu ia numa <i>vula</i> até a padaria e quando voltava minha mãe já havia preparado o café com leite. Minha mãe deixava tudo pronto. Depois do café eu lavava a louça enquanto minha mãe se preparava para ir trabalhar. </span></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"><i>- Tchau mãe! Bom dia e bom trabalho! </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Juízo menino! Não vai se atrasar para ir à escola. - </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Minha mãe trabalhava no supermercado da cidade. Saía de casa às dez e voltava às sete horas da noite. Logo que minha mãe saía para trabalhar, eu ficava no campo a jogar futebol com os amigos e em seguida voltava para casa, tomava banho e me arrumava para ir à escola. Minha mãe deixava meu almoço pronto e eu somente esquentava. Em seguida, pegava minha bicicleta e ia para a escola. No caminho, sempre parava na ponte. Encostava a bicicleta e ficava jogando pedrinhas no rio. De cima da ponte via as pedrinhas afundando no rio e fazia um pedido, conforme minha mãe tinha me ensinado. Eu pedia para Deus proteger minha mãe. Meu pai morreu quando eu nasci. Minha mãe nunca deixou faltar nada e o meu amor por ela sempre foi infinito. Eu chegava à escola sempre trinta minutos antes do início das aulas. Ficava na classe lendo as matérias dos livros que a professora iria comentar no dia. Minha mãe me ensinou que se estudasse a matéria antes, seria mais fácil de compreender quando a professora fosse transmitir aos alunos. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">A prova de português estava bem difícil. Era a última do bimestre. Depois entraríamos em férias. Graças a minha mãe, que sempre fazia as lições de casa comigo, conseguia sair bem nas provas: </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Qual é a resposta da questão número cinco? </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Uma voz bem baixinha, de menina, atrás de mim, pediu a resposta da questão cinco - Uma voz doce, que chegava aos meus ouvidos come se fosse uma canção romântica. Era a voz de Isabel. Isabel estava me pedindo uma cola da questão número cinco. Deixei meu lápis cair duas vezes no chão, o que indicava alternativa B. Terminei a prova, pegue minha bicicleta e fui embora pra casa, sem antes passar na padaria do Seu Manuel para comprar os pães para o café da tarde. O seu Manuel sempre estava com um sorriso largo no rosto e todo mundo gostava dele. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Seu Manuel, posso pegar um doce de leite? </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Eu pegava tudo que queria na padaria, sem exagerar. O Seu Manuel anotava tudo numa caderneta é no final do mês minha mãe pagava. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">No dia seguinte eu estaria em férias. Minha mãe faltou no trabalho pela manhã, pois houve reunião de pais e mestres e entrega dos boletins do bimestre. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"><i>- Tranquilo mãe! Só vai ter verde no boletim! </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Minha mãe sabia que eu era um aluno esforçado e nunca precisou chamar minha atenção para estudar. Enquanto minha mãe participava da reunião, fui até a ponte para jogar pedrinhas no rio. Joguei as pedrinhas, fiz vários pedidos e agradeci Deus por ter tido mais um bimestre de bons resultados na escola. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Muito obrigada! </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Era Isabel. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Eu sabia que te encontraria na ponte. Você passa aqui todos os dias? </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">-<i> Venho na ponte para pedir e agradecer a Deus, jogando pedrinhas no rio. </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Isabel me agradeceu pela cola que eu tinha lhe passado na prova de português. Naquele dia conversamos bastante e demos muitas risadas. Depois daquele dia começamos a nos encontrar todos os dias na ponte, até o dia do primeiro beijo. Assim que beijei Isabel, joguei uma pedrinha no rio e pedi a Deus que a sensação que tive durasse para sempre. Isabel sempre foi meiga, doce e carinhosa. Todos diziam que um completava o outro. A minha mãe ficou muito amiga da mãe dela e estávamos todos felizes naquela época. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Eu sempre fui romântico. Encontrava-me com Isabel todo fim de tarde na ponte. Ela chegava primeiro. Estacionava sua bicicleta e ficava olhando para o rio de cima da ponte. Na verdade eu me atrasava de propósito, pois passava pelo jardim da Dona Odete e colhia uma rosa para dar a Isabel. Quando estava em casa sozinho, pegava um caderno e escrevia cartas para Isabel. Ela adorava e respondia. Certa vez minha mãe pegou o caderno e leu o que eu escrevia para Isabel e me disse que um dia eu poderia escrever um livro que poderia se chamar Amor em Pedaços, pois as cartas contavam pedaço por pedaço as aventuras de amor que eu tinha com Isabel. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">As aulas reiniciaram e Isabel passou a ir todos os dias de bicicleta. Encontrávamos na ponte, jogávamos algumas pedrinhas no rio, fazíamos nossos pedidos e depois rumávamos para a escola. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Qual foi seu pedido hoje?</i> Perguntou Isabel. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- P<i>edi que nosso amor dure para sempre! </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Eu também! </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">No dia seguinte fui até a cidade com minha mãe. Não fui à escola. Tinha que passar no dentista para fazer um tratamento. Combinei com Isabel para nos encontrarmos na ponte à tarde, depois que terminasse as aulas. Minha mãe prometeu fazer um café da tarde para nós. Quando me despedi de Isabel senti um frio na barriga, os olhos dela estavam brilhando como se fosse uma estrela e no abraço apertado que demos, senti come se estivéssemos com os pés fora do chão. ... Voando! </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Depois do dentista, cheguei afobado para encontrar Isabel. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Calma menino! Sua namorada não vai fugir! </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Fui até a ponte para me encontrar com Isabel. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Depois passaríamos no seu Manuel para pegar os pães e iríamos para minha casa. Cheguei à ponte e não vi Isabel. Achei que estava adiantado para o encontro. Fui até o jardim da Dona Odete e apanhei uma rosa. Voltei para a ponte, mas Isabel não havia chegado. Joguei uma pedrinha no rio e pedi que ela chegasse logo, mas não chegou. Então fui para casa, pois os pães estavam esfriando e minha mãe ia ficar brava comigo. Peguei minha bicicleta e rumei para casa. Quando passei pela avenida principal encontrei uma multidão e um carro virado na contramão. Achei estranho, pois vi minha mãe no meio da multidão. Fui me aproximando e vi que tinha ocorrido um acidente e tinha um corpo estendido no chão. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i>Ela foi atropelada! Ela foi atropelada! </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Minha mãe me olhou com os olhos arregalados. </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"><i>- O que a mãe de Isabel está fazendo caída no chão? </i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Minha mãe arregalou os olhos novamente na minha direção. Olhei para o chão e vi a bicicleta de Isabel, retorcida, moída e seu corpo estirado no chão. Isabel estava morta e sua mãe estava chorando e cortando seus longos cabelos. Foi atropelada enquanto estava indo ao meu encontro. Um carro na contramão a pegou em cheio. Eu nunca tive convivido com uma perda. Quando meu pai morreu eu era um recém-nascido, tinhas meses, não tive sentimentos, não tive reação. Fui até o corpo de Isabel e a chamei. Ela não respondeu e não abriu os olhos. Eu peguei minha bicicleta e sai correndo. Minha mãe tentou me segurar, mas não conseguiu. Fui até a ponte e peguei todas e quantas pedrinhas que coubessem em minhas mãos e atirei no rio: </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">- <i><b>Deus, traga o meu amor de volta. Faça com que ela se levante e abra os olhos! O café da tarde vai esfriar. Minha vida é como um rio e vou aproveitar cada dia dela. Agora estou sozinho, mas o tempo passa rápido demais e Deus vai trazer o meu amor de volta. Oh meu Senhor, meu Deus, traga o meu amor de volta e a minha dor desaparecerá! Não espere mais, traga o meu amor de volta e faça a minha dor desaparecer... Meu amor, se eu pudesse fazer você voltar te diria uma só palavra: Eu te amo! Entre luzes que iluminam estradas e paisagens com cores de arco-íris, reviveremos todos os nossos sonhos e os momentos de ternura que a vida nos proporcionou e que ainda vai nos proporcionar para a eternidade. Não ficarei mais um só segundo sem abraçar você, sem segurar a sua mão quando você tiver medo e te fazer dormir quando você estiver com medo dos trovões e das tempestades. Mar de risos e ouro dos céus: Ali eu viverei cada dia da minha vida! Quando o amor está longe, o tempo não faz planos e peço: Oh meu senhor! Meu Deus! Traga o meu amor de volta e faça a minha dor desaparecer. </b></i></span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;">Isabel foi enterrada num caixão branco coberto de flores e assisti de longe vendo sua mãe segurando seus cabelos, cortados para recordar. Foi muito difícil retomar a vida sem Isabel. Fiquei alguns dias sem ir à ponte até que minha mãe me levou um dia. Jogamos pétalas de rosas ao invés de pedras, das mesmas rosas que eu colhia do quintal da Dona Odete, com sua autorização. No último ano do ginásio, ao invés de participar da festa resolvi participar do concurso literário. Aos participantes foi designado escrever um livro de romance e fui o vencedor. O Livro se chamou Amor em Pedaços e nele estava escrito às cartas de amor que escrevi para Isabel e as que ela escreveu para mim. Depois da cerimônia de premiação peguei minha bicicleta e fui para a ponte. Desci até a beira do rio e lancei nas águas cada página do livro, junto com uma pedra, e as vi navegar para algum lugar, onde Isabel pudesse estar. E ao lançar a última página, onde estava escrito "fim", surgiu das águas um anjo encantador, de cabelos compridos, de olhos brilhantes como estrelas, no rosto de Isabel. Tentei nadar para me aproximar, mas a correnteza impediu que eu chagasse. Ainda tive tempo de acenar, acenar para Isabel que se perdeu nas águas límpidas do rio, enquanto minha mãe me chamava para ir buscar o pão na padaria do Seu Manuel. E ao passar na ponte sobre o rio, encontrei um papel rasgado - voando, uma carta borrada, molhada pelas águas do rio: </span><span style="font-family: helvetica; font-size: large;"><i><b>“Nas águas escuras desse rio existem os ‘restos mortais’ das cartas que eu escrevi pra você e você escreveu pra mim. Falam sobre amor e ternura... Carinho e devoção. E nas correntezas das águas escuras, Amor em Pedaços são papéis rasgados, borrados de lágrimas, feridos, perdidos da mesma forma que eu me perdi de você e você se perdeu de mim. Papéis borrados de lágrimas não sangram no peito, mas se desfazem com a força da correnteza e dos ventos. Papéis borrados de lágrimas não se ferem em espinhos e não sentem dor se o calor da paixão ainda existir, por menor que seja, pra secar as feridas, formar novamente as palavras sinceras das cartas poéticas que sempre escrevi sobre o nosso amor. Papéis borrados de lágrimas não têm alma. Mas têm coração! E podem ressuscitar a cada manhã, todo dia, mesmo feridos, mesmo rasgados, mesmo encharcados de águas escuras, manchados pela saudade, pois não se cansam de morrer de amor!”</b></i></span></div></div>
<div data-block="true" data-editor="1m3f" data-offset-key="4p7v4-0-0">
<div class="_1mf _1mj" data-offset-key="4p7v4-0-0" style="text-align: justify;">
<span data-offset-key="4p7v4-0-0"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><b>TRECHO DO LIVRO</b></span></span></div>
</div>
PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-86774091355782357502020-12-17T23:32:00.012-03:002020-12-20T04:11:43.267-03:00VIDAS NEGRAS<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><p><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCZitqCEzEHhT3aeJNQeajEl5KXKRrx4rMQKzBbfoo8SH2QTZFXKPBLqIzKYoZqkZncDlydY2fLVZEKpH2kfjwQPelBoLsOVoeq_Bvjj5SmssoJiSQnTjtCZl-Mln5Zd_sDAeAYbQWcC5/s2048/102.jpg" style="clear: left; display: inline; float: left; font-family: helvetica; font-size: 19pt; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCZitqCEzEHhT3aeJNQeajEl5KXKRrx4rMQKzBbfoo8SH2QTZFXKPBLqIzKYoZqkZncDlydY2fLVZEKpH2kfjwQPelBoLsOVoeq_Bvjj5SmssoJiSQnTjtCZl-Mln5Zd_sDAeAYbQWcC5/s320/102.jpg" /></a></p><span style="font-family: helvetica;">... Depois de ficarem na
expectativa por muitos minutos, viu-se as últimas pessoas sendo salvas pelos
bombeiros: Estavam de mãos dadas Jardel e a comissária Mari. Eles ficaram no
avião para salvar o senhor racista e ateu que após o impacto do avião no solo,
sofreu uma pancada violenta na cabeça e ficou desacordado: </span><span style="font-family: helvetica;">- </span><i style="font-family: helvetica; mso-bidi-font-style: normal;">Se
não fosse a ação rápida de Jardel e da comissária Mari em socorrê-lo entre os
escombros que ficaram dentro da aeronave, o senhor racista e ateu teria
morrido.</i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-family: helvetica;">-
Ambulância! Ambulância! Temos que remover esse senhor imediatamente para o
hospital. Ele está perdendo muito sangue. </span></span></i><span style="font-family: helvetica;">Todos passageiros que estavam no avião, além
do susto e do medo, tiveram apenas escoriações leves, exceto aquele senhor
racista e ateu que apresentou um quadro clínico muito grave: </span><span style="font-family: helvetica;">- </span><i style="font-family: helvetica; mso-bidi-font-style: normal;">Vamos
leva-lo imediatamente para o Hospital de Clínicas. </i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;"><span style="font-family: helvetica;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>-
Emergência! Emergência! </span></span></i><span style="font-family: helvetica;"><span style="color: black;">A ambulância trazendo o senhor racista e ateu, cujo se soube que seu
prenome era Adolpho, chegou rapidamente ao Hospital de Clínicas, que já tinha
sido avisado pelos bombeiros da gravidade do paciente: </span></span><i style="font-family: helvetica; mso-bidi-font-style: normal;">-
Levem-no imediatamente para a sala de cirurgia! </i><span style="font-family: helvetica;">Assim que deu entrada no
Hospital de Clínicas, a família do senhor Adolpho chegou, ao mesmo tempo: </span><span style="font-family: helvetica;">- </span><i style="font-family: helvetica; mso-bidi-font-style: normal;">Onde
está meu marido! Onde está meu marido! </i><span style="font-family: helvetica; mso-spacerun: yes;"> </span><span style="font-family: helvetica;">Uma senhora estava desesperada, era a esposa
do racista Adolpho e sabia que o marido tinha tido uma pancada forte na cabeça
que ocasionou um coagulo em seu cérebro: </span><span style="font-family: helvetica;">- </span><i style="font-family: helvetica; mso-bidi-font-style: normal;">Vamos
ter que fazer a cirurgia imediatamente. Façam os preparativos enquanto vamos
chamar o <b style="mso-bidi-font-weight: normal;">Dr. Antonio de Medeiros Lima e
Silva</b>. </i><span style="font-family: helvetica;">Disse um enfermeiro. </span><span style="font-family: helvetica;">Imediatamente o Dr.
Antonio de Medeiros se deslocou para a sala de cirurgia. Ao passar pela
recepção onde se se encontravam os familiares do racista Adolpho, foi interpelado
de forma agressiva pela esposa que chorava copiosamente e tinha os olhos
arregalados de tanta raiva e de inconformismo: </span><span style="font-family: helvetica;">- </span><i style="font-family: helvetica; mso-bidi-font-style: normal;">É
esse negro quem vai operar meu marido? Você é médico? Prove que você é médico.
Eu quero um médico! </i><span style="font-family: helvetica;">Enquanto a esposa
fazia o maior escândalo na porta da sala de cirurgia, outros familiares
tentavam de todas as maneiras fazer a transferência do senhor Adolpho para
outro hospital: </span><i style="font-family: helvetica; mso-bidi-font-style: normal;">- Não
temos tempo para fazer a transferência para outro hospital. Ele tem que ser
operado imediatamente, senão vai perder a vida. </i><span style="font-family: helvetica;">E deu-se início na
cirurgia, complicada por ele ter perdido massa encefálica. Durante a cirurgia
comandada pelo Dr. Antonio de Medeiros, houve a necessidade de fazer uma
transfusão de sangue. Os outros passageiros acidentados do avião estavam no
mesmo hospital para fazer curativos e ficarem em observação, visando tirar
qualquer dúvida de um possível agravamento de suas condições clínicas: </span><i style="text-align: left;"><span><span style="font-family: helvetica;">- Vamos
examinar todos e descobrir quem pode doar o sangue para o senhor Adolpho. </span></span></i><span style="font-family: helvetica;">O sangue de seus familiares não foi
compatível. Dentre todos, somente Jardel e a comissária Mari tinham o tipo
sanguíneo compatível com o sangue necessário para salvar a vida do racista
Adolpho: </span><i style="font-family: helvetica; mso-bidi-font-style: normal;"><span style="color: black;">- Estamos à
disposição para doar o sangue necessário para salvar a vida desse senhor. </span></i><span style="color: black; font-family: helvetica;">Compreenderam Jardel e Mari. A cirurgia completa durou quase quinze
horas. Durante os procedimentos cirúrgicos, Adolpho teve três paradas
cardiorrespiratórias. Foi preciso reanimá-lo e “ressuscitá-lo” com ajuda dos
aparelhos. </span><span style="font-family: helvetica;">Dr. Antonio de Medeiros realizou a cirurgia
com competência e experiência de um grande médico. No dia em que teve alta, Adolpho
foi visitado por Jardel e a comissária Mari, que lhe desejaram boa saúde e
pediram que Deus o abençoasse. </span><span style="font-family: helvetica;">Na sala de espera estavam sua esposa e alguns
familiares, todos disfarçados com óculos escuros, olhando para os cantos da
sala e falando ao telefone celular, enquanto o Dr. Antonio de Medeiros assinava
o documento da alta médica, dizendo ao paciente: </span><span style="font-family: helvetica;">- </span><i style="font-family: helvetica; mso-bidi-font-style: normal;">Vá com Deus, senhor Adolpho. Que o senhor e
sua família possam refletir sobre a vida. Tenha uma vida regada de saúde. Deus
te abençoe!</i></div></span></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: center;"><span style="color: black; font-size: 19pt;"><o:p><span style="font-family: helvetica;"> </span></o:p></span></p>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-3389276123569161302020-12-17T23:13:00.009-03:002020-12-18T00:43:25.409-03:00SÃO TANTAS COISAS...<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs4Pc63dfUiR9Balb9HOkKENyeAY7IsrLqKTDPgsH69YnYU7RXogiQmq4MU_GhZgl3exIOQ-Upvg0ifHdekVNU3emCNX4f14J_uk7dCR3Wu1M_w7uGL6Rb1V9ryXdOrOr_O3Taaw2bKirh/s2048/CYMERA_20201211_145113+%25282%2529.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1794" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhs4Pc63dfUiR9Balb9HOkKENyeAY7IsrLqKTDPgsH69YnYU7RXogiQmq4MU_GhZgl3exIOQ-Upvg0ifHdekVNU3emCNX4f14J_uk7dCR3Wu1M_w7uGL6Rb1V9ryXdOrOr_O3Taaw2bKirh/s320/CYMERA_20201211_145113+%25282%2529.jpg" /></a></div><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;">São</span><span data-offset-key="b3etk-1-0" style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"> tantas coisas para relembrar que meu coração fica confuso, perturbado, não sabendo qual a melhor maneira de conter tanta saudade. São tantas coisas que passam em meus sonhos, mas a felicidade que tenho é a de lembrar cada momento feliz com você, como se fosse hoje, como se fosse agora, nesse momento. São tantas coisas, que fico confuso de saber qual era a canção que cantava para te embalar, qual era a maneira que usava para fazer você dormir... São tantas perguntas que eu gostaria de fazer para Deus, mas ELE, comovente, me respondeu mantendo você aquecendo meu coração e curando-me de tantas doenças que querem me matar de vez, mas você não deixa, não quer. A Saudade é uma doença que não tem cura e ainda bem que Deus de meu o dom da escrita, pois assim serão os papéis das cartas poéticas que ficarão borrados de sangue e de lágrimas, até o dia que eu não aguentar mais. Até quando eu estiver vivo vou continuar a recordar de você, para sempre em minha alma é no meu coração como se fosse uma tatuagem. Em pensamento vou te girar em meus braços como se você ainda fosse uma criança, pois sem você não sou ninguém, não sou nada... Sou um risco, um rabisco, um traço sem letras que não formam uma frase... Um coração arrebentado e maltrapilho que não para de chorar!</span></div></span><p></p><div data-block="true" data-editor="3od5g" data-offset-key="8qko5-0-0" style="background-color: white; color: #050505; white-space: pre-wrap;"><div class="_1mf _1mj" data-offset-key="8qko5-0-0" style="direction: ltr; position: relative; text-align: justify;"><span data-offset-key="8qko5-0-0"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">AAJ</span></span></div></div>PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-16516807095766404332020-12-17T12:16:00.000-03:002020-12-19T22:43:55.879-03:00SIMPLESMENTE AMOR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhStHcKaQ24GSnKnQH5jlbn2-RJgEBI-S1r_TvbjfYNzhxqcBTLrIyhvYIIiIlrtqz4WZ_VZtx6bI5gfXwJtTaqB-Xmn5vu2JS93RC2nRlFM8etZ0QNeK1OE9AVyq87A3sd3sUTrLmmQjxG/s1600/CYMERA_20160831_172455.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhStHcKaQ24GSnKnQH5jlbn2-RJgEBI-S1r_TvbjfYNzhxqcBTLrIyhvYIIiIlrtqz4WZ_VZtx6bI5gfXwJtTaqB-Xmn5vu2JS93RC2nRlFM8etZ0QNeK1OE9AVyq87A3sd3sUTrLmmQjxG/s320/CYMERA_20160831_172455.jpg" width="228" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span face="Verdana, sans-serif">Se fosse a tempos
passados, Bryan não teria a mesma acessibilidade que os dias atuais proporcionam.
O acidente sofrido há três anos ainda lhe proporcionava traumas, além de ter
tido a desagradável notícia de ter que ficar para o resto da vida numa cadeira
de rodas. Bryan custou a se convencer que sua vida dali por diante sofreria uma
adaptação. O inconformismo o impediu de se adaptar mais rápido. Teve sessões de
terapia e fisioterapia para respectivamente tirar o trauma do acidente e tentar
recuperar os movimentos das pernas. Somente no último ano se dedicou fielmente
a se recuperar e iniciar uma nova vida com as adaptações necessárias. Hoje em
dia Bryan faz noventa por cento de suas atividades independentemente da ajuda
de outras pessoas, inclusive o carro adaptável que usa para sair e trabalhar no
cartório de sua cidade como escrevente. </span><span face="Verdana, sans-serif">Bryan tinha uma rotina diária muito completa.
Pela manhã fazia fisioterapia e natação, depois ia para o trabalho dirigindo
seu carro adaptado. Na hora do almoço gostava de descansar numa praça que tinha
em frente ao cartório e nos momentos de descanso, relaxava e gostava muito de
ler livros de autoajuda.</span><span face="Verdana, sans-serif"> </span><span face="Verdana, sans-serif">À tarde, quando
terminava seu período de trabalho no cartório, Bryan tinha, de dois em dois
dias, sessões de terapia que o fazia se sentir muito bem. </span><span face="Verdana, sans-serif">No começo da noite
chegava em casa e gostava muito de ouvir música clássica e assistir filmes de
suspense, principalmente os de Brian de Palma e Alfred Hitchcock. Foi num dia
de verão quando Bryan, após o almoço, dirigiu-se até a praça para começar a ler
o livro Janela Indiscreta. Bryan estava muito feliz àquela época. Ao seu lado,
sentou-se uma mulher. Bem vestida, cabelos longos com uma leve maquiagem:</span> - <i>Posso ficar aqui</i>? Perguntou Bryan. - <i>Claro</i>! Respondeu a mulher. Bryan começou a ler
seu livro enquanto a mulher, jovem, aparentando a mesma idade de Bryan,
praticamente não se moveu. De vez em quando esfregava as mãos e na maioria das
vezes parecia que estava olhando para o céu. Assim que deu seu horário, Bryan
se moveu com a cadeira de rodas e se dirigiu de volta ao trabalho:<span face="Verdana, sans-serif"> - <i>Até
logo! Tenha uma boa tarde.</i> Despediu-se Bryan. </span><span face="Verdana, sans-serif">A mulher apenas fez um gesto com as mãos, como um sinal de tchau,
sem ao menos virar a cabeça. Os dias que se sucederam a esse acontecimento com
a mulher na praça foram muitos intensos no trabalho de Bryan, tanto que não
teve mais tempo de relaxar na praça após seu almoço. Entretanto, da janela de
sua sala que dava de frente para a praça, via que todos os dias, pontualmente
no mesmo horário, aquela mulher estava na praça, sentada no mesmo banco e ficava
sem se mexer, olhando para o infinito, como se fosse uma estátua. Bryan nunca a
via chegando. Sempre que ia a praça, a mulher já estava sentada, imóvel no
mesmo banco. As coisas se acalmaram no cartório e Bryan novamente pode ter
tempo de descansar na praça após seu almoço.</span><span face="Verdana, sans-serif">
</span><span face="Verdana, sans-serif">Daquela vez ele estava lendo o livro Vestida para Matar. Quando Bryan
chegou a mulher já estava sentada. Um sol forte batia no rosto das pessoas que
descansavam ali e foi então que Bryan percebeu aquela mulher usando óculos de
sol. </span>- <i>Boa
tarde! Meu nome é Bryan e o seu?</i><i><span face="Verdana, sans-serif">- Meu nome é Andréa! </span></i><span face="Verdana, sans-serif">Andréa era deficiente
visual. Bryan não tinha percebido das outras vezes que a viu na praça. Bryan e
Andréa passaram a se encontrar na praça, todos os dias após o almoço. Andréa
morava bem próximo. Costumava sentar-se ali durante os dias de sol para
recordar-se do cheiro das plantas, do canto dos pássaros e de sua infância,
quando no lugar da praça existia um campo onde os adolescentes se reuniam para
fazer as brincadeiras da época. Aconteceu que aos dezesseis anos, Andréa foi
diagnosticada com um tumor no cérebro. Realizou onze cirurgias dos dezesseis
aos vinte e um anos de idade. O tumor sumia e reaparecia. Aos vinte e dois anos
de idade, Andréa recebeu a pior notícia de sua vida: O tumor foi confirmado
como maligno e ela perdeu a visão. De um momento para outro, Andréa deixou de
enxergar a vida, os pássaros, as rosas no jardim, a praça... E tudo mais, mas
como ela disse a Bryan, passou a enxergar a Deus. Os médicos disseram-na que o
tumor não poderia mais crescer. Se assim o fizesse, Andréa estaria morta.
Então, passou a tomar uma série de medicações para que o tumor não pudesse
crescer e ela pudesse continuar vivendo. Perdeu os cabelos, se recolheu em seu
quarto e só aceitou frequentar a praça após o falecimento de seu pai, pois ele
a incentivava a sentir a natureza, mesmo que as luzes estivessem apagadas.
Assim, Andréa passou a viver todos os dias como se fosse o último e a praça era
um reduto sagrado onde ela sentia a esperança de continuar vivendo. Os dias
foram se passando e quando Bryan e Andréa se encontravam na praça, Bryan lia os
livros em voz alta e interpretava os personagens com vozes diferentes. Eles se
divertiam muito, ao mesmo tempo em que sentiam a necessidade de ficarem mais
juntos. </span><span face="Verdana, sans-serif">Bryan também contou
sua história para Andréa, até o ponto em que ficou definitivamente numa cadeira
de rodas. Bryan passou a frequentar a casa de Andréa e juntos dividiam tantas
sensações que serviam de estímulo para que deixassem seus problemas de lado e
passassem a viver a vida verdadeiramente, não se importando se tudo pudesse
acabar tão de repente que não pudessem se beijar: </span> - <i>A sensação de estar em teus braços é única!
O contato com sua pele, suas carícias seu bom humor e suas gargalhadas são
combustíveis para eu esquecer que existe dentro de mim algo que possa me
aniquilar no próximo dia, na próxima hora, no próximo minuto. E nesse próximo
minuto eu quero te beijar, te abraçar, sentir o calor do teu corpo... Eu quero
te namorar!</i><i> </i>De todos os remédios, ambos encontraram
aquele que estavam procurando: O amor. E o amor os completou e fazia de suas
"<i>novas vidas</i>" um novo
recomeço: - <i>Acordar todas as manhãs, saber que estou
viva e sentir você ao meu lado é mais uma prova de que Deus existe e que Ele me
levou até a praça para te encontrar! </i>Apesar de estarem morando juntos, Bryan
e Andréa nunca deixaram de frequentar a praça. A praça para ambos era um lugar
sagrado e a chamavam de céu. Os sábados pela manhã era um momento sagrado, dia
em que eles mais gostavam de estar na praça. Bryan sempre ia à frente. Depois
de alguns minutos Andréa chegava. Essa atitude era como se fosse um ritual e
ambos se sentiam bem com esse procedimento. Quando Andréa chegava, Bryan sempre
dizia: - <i>Bom dia amor! Você chegou! Eu estava com
saudades! </i><span face="Verdana, sans-serif">Andréa sorria, sentavam-se, se abraçavam, se beijavam e enquanto
Bryan lia os livros, Andréa sentia o perfume das flores que Bryan sempre colhia
antecipadamente. </span><span face="Verdana, sans-serif">Até que chegou o
inverno. Os sábados pela manhã ficaram diferentes. Com as geadas, as flores não
exalavam mais seu perfume e o sol se escondia, tornando as manhãs cinzentas. Na
noite anterior, Bryan percebeu que Andréa tremia muito. Levantou-se no meio da
noite e lhe serviu um chá bem quente. </span>- <i>Está tudo bem querida!</i> Andréa não respondeu
e Bryan deduziu que estivesse cansada, dormindo. O dia amanheceu e Bryan saiu
na frente, como fazia em todas as manhãs de sábado. Não existiam flores no
jardim e nem o sol estava brilhando entre as nuvens. Antes de sair Bryan pegou
alguns livros e um agasalho a mais, pois estava muito frio. Andréa não se
importava com o frio, sabia que Bryan se sentia bem quando estava na praça e
ela também. - <i>Na praça, estamos no céu querida! </i>Bryan sentou-se e ficou aguardando por
Andréa. Separou alguns trechos dos livros que iria ler para ela. Notou que ela
estava demorando mais do que o normal para vir à praça. Pensou ser em função
do frio. Ameaçou retornar para buscá-la, mas lembrou de que sua amada gostava
de vir sozinha. Estava acostumada com o caminho que fazia e que não a
prejudicava, mesmo sendo deficiente visual. Bryan ficou muito preocupado com o
atraso de Andréa e resolveu voltar para casa. Naquela manhã sentiu uma angústia
que há muito tempo não sentia e até soltou um palavrão quando sua cadeira de
rodas enroscou no portão da casa. - <i>Querida! Querida! </i>Bryan não esperou que chegasse e antes começou a chamar por
Andréa. Ao chegar ao quarto da casa, viu Andréa imóvel, coberta da mesma
maneira em que estava quando Bryan acordou pela manhã. - <i>Querida! Querida! </i>Andréa não respondia
e não respondeu. Bryan voltou-se na cama para abraça lá e sentiu sua amada
muito fria. Cobriu-a com mais um cobertor, foi até a cozinha, bebeu um café bem
forte e ligou para o resgate. Andréa viajou para o “outro céu”, longe da praça.
Alguns dias se passaram. Bryan continuou com sua rotina de trabalho no
cartório, e no descanso do almoço voltava-se sempre à praça para conversar com
Andréa. Conversava através do perfume das flores, do cheiro do mato, pelas
frases dos livros que Andréa mais gostava, mesmo sem o sol que se escondia
entre as nuvens cinza para chorar de tristeza, enquanto a garoa se confundia
com as lágrimas que nunca cessavam em cair dos olhos de Bryan. <b>“<i>Ao seu lado descobri que entre o sonho e a
realidade, existe um espaço chamado felicidade, e para que a minha felicidade
se torne realidade, preciso estar ao seu lado.”</i></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="font-family: helvetica; font-size: large;"><i> </i></b><b style="font-family: helvetica; font-size: large;">TRECHO DO LIVRO...</b></div>
PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-35730902071883089732020-07-07T12:37:00.003-03:002020-12-19T19:30:28.840-03:00HISTÓRIAS DIFERENTES - NO MESMO LUGAR<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAbHeZ03imLSpAAMZgk6Zxes_4lfenaHQwMhXaUrKIP-8HpGgbQmhL0PNoYI4UCMtHNALk_dpaicN-Mqiw2j_rEZS3D7XzTLh2aLdLKXZWbSiU23oZ1doIeo3knR1rRJltKXyTUqyTJfcF/s1600/CAPA+RESCUER+2a%252C+EDI%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjAbHeZ03imLSpAAMZgk6Zxes_4lfenaHQwMhXaUrKIP-8HpGgbQmhL0PNoYI4UCMtHNALk_dpaicN-Mqiw2j_rEZS3D7XzTLh2aLdLKXZWbSiU23oZ1doIeo3knR1rRJltKXyTUqyTJfcF/s320/CAPA+RESCUER+2a%252C+EDI%25C3%2587%25C3%2583O.jpg" width="226" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;">Quando Marta saiu de casa naquela
manhã, estava disposta a terminar o relacionamento com Charles, devido ao fato
de que ele era ciumento ao extremo. Marta sempre foi guerreira, trabalhava em
dois empregos e aos finais de semana ainda procurava alguns bicos para garantir
o sustento dela e dos três filhos. Era uma mulher muito responsável, mas tinha
certas atitudes que deixava Charles pensar que ela o traia. Paralelamente a
essa história, no terceiro andar do Shopping Estrela do Mar funcionava aquele
pequeno restaurante. A praça de alimentação estava sempre lotada no horário de
almoço, nos dias de semana e também aos finais de semana. Uma equipe de uma
empresa contratada pelo Shopping estava fazendo a manutenção preventiva e
rotineira do sistema de gás que alimentava todos os restaurantes da praça de
alimentação. Um pouco distante, pelo menos a três quarteirões, morava Pedro
Henrique, um garoto rebelde que não gostava de frequentar a escola e ainda, aos
vinte anos de idade não queria saber de trabalhar. Quando Marta saiu de casa
pela manhã, Charles fingiu que estava dormindo, pois afinal, ele trabalhava
como segurança no Shopping Estrela do Mar e seu horário de trabalho iniciava-se
pouco antes do horário do almoço. Para uma mulher casada, mãe de três filhos,
as roupas que Marta vestia não eram condizentes com uma mulher respeitada e
séria, pelo menos na opinião de Charles. Marta saiu de casa usando vestido
transparente, salto alto e toda maquiada. Charles nunca aprovou o jeito de se
vestir de Marta e isso foi o motivo de tantas brigas. </span><span style="font-family: helvetica;">O casamento deles estava por um fio e
o que segurava a decisão de terminarem foram os filhos. Antes de deslocar ao
trabalho, Charles foi até o trabalho de Marta, na loja de calçados e dizia
querer ter uma conversa com Marta.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Marta relutou e disse que poderiam
conversar à noite, quando estariam em casa. Charles não aceitou a proposta de
Marta e para que ele não fizesse um escândalo em seu ambiente de trabalho,
resolveu se encontrar com Charles na praça da alimentação num prazo de uma
hora. </span><span style="font-family: helvetica;">E assim ficou combinado. Assim que
Charles se afastou da loja de calçados, foi possível ver três homens com
uniformes da empresa de manutenção de gás saírem do Shopping. Quando Charles
foi para seu posto como segurança, disse ao amigo que iria render:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">-
Você também está sentindo cheiro de gás?<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O amigo disse não e assim Charles
continuou no posto esperando o amigo Samuel sair para o almoço e quando
voltasse, Charles daria uma escapadinha para conversar com Marta. </span><span>Há poucos metros dali estava Pedro
Henrique, garoto rebelde, que havia brigado com a mãe e fora até o Shopping se
encontrar com a namorada. Simone já o aguardava e Pedro Henrique sentou-se com
Simone bem próximo à praça de alimentação e ficaram conversando. Na praça de
alimentação os comentários sobre o cheiro forte de gás começaram a ser mais
frequentes. Algumas pessoas comunicaram a segurança e os donos dos restaurantes.
A praça de alimentação estava lotada e isso causou um retardo numa averiguação
mais rápida por parte dos bombeiros de plantão no Shopping. </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">-
Eu quero a separação? </i><span>Disse Marta, de supetão, logo que se encontrou com
Charles. Charles argumentou, discutiu em voz alta e fez que muitos que estavam
por perto percebessem. Marta se levantou e caminhou em direção ao seu local de
trabalho. Charles foi atrás e ameaçou reação mais tempestiva quando surgiu
Samuel e o conteve:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Calma
Charles, calma!</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O amigo de Charles, Samuel, chegou no
momento certo. Talvez, se não, Charles poderia ter cometido algo de pior em
relação à Marta. Samuel caminhou em direção à saída do Shopping. Achou que
seria melhor tirar Charles daquele ambiente até que esfriasse a cabeça. Próximo
dali, num banco da praça de alimentação, Simone dava conselhos a Pedro Henrique
sobre os problemas de relacionamento com sua mãe. Simone, apesar de ter a mesma
idade de Pedro Henrique, era mais madura, mais vivida, sabia o que queria da
vida, enquanto que Pedro não queria saber de trabalhar, nem de estudar:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Querido
preciso ir, tenho aula de Inglês à tarde</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Pedro Henrique pediu se Simone
poderia passar a tarde com ele. Estava inseguro, queria ter uma conversa séria
com a mãe, queria mudar suas atitudes e pediu ajuda para Simone. Simone achou
que era a chance que tinha para de uma vez, fazer com que Pedro Henrique se
acertasse na vida.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Está
bem querido, eu fico com você. Vamos comer alguma coisa, depois vamos conversar
com sua mãe</i>. </span><span>Simone estava na porta de saída do
Shopping, quando foi convencida por Pedro Henrique em ficar. No mesmo instante
em que Simone estava voltando para dentro do Shopping, Charles estava saindo,
amparado por seu amigo Samuel e Marta voltando para a loja de calçados para
retomar seu trabalho. Charles e Samuel já tinham caminhado certa de cento e
cinquenta metros distante da porta de entrada do Shopping quando se ouviu uma
grande explosão: </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">-
Meu Deus! </i><span>A explosão foi tão forte que fez desabar
vários telhados das casas que estavam bem próximas ao Shopping. Uma poeira
gigantesca subiu aos céus. </span><span>O andar onde se encontrava a praça de
alimentação ficou resumido em pedaços de concreto e poeira. As equipes da
RESCUER e dos Bombeiros foram acionadas em caráter de urgência e emergência e
toda área foi evacuada e isolada pela polícia:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">O
terceiro andar está totalmente destruído</i>!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Quantas
pessoas</i>? <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Quantas pessoas</i>?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Duzentas
e cinquenta</i>! <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Talvez trezentas</i>!<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span>Os rádios
de comunicação da polícia, dos bombeiros e da RESCUER a todo o momento
atualizavam as informações. As equipes de rádio e TV ficavam num área de
segurança para que não fossem atrapalhados os trabalhos de resgates e
salvamentos: </span><span>- <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Atenção
todas as unidades! Acionem a polícia! Vamos precisar de cães farejadores! </i></span><span>Nesta ocorrência várias equipes da
RESCUER foram deslocadas para o Shopping Estrela do Mar e em uma das
ambulâncias estava o Dr. Abreu. As equipes dos bombeiros iam abrindo caminho
entre os escombros em busca de sobreviventes. </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">-
Doutora! Doutora! Aqui! </i><span>Gritava um
dos bombeiros para a Dra. Maria Julia. Um jovem rapaz, cheio de fraturas por
todo o corpo, gritando de dor. A dor era tamanha e entre pedaços de concretos e
poeira a equipe da RESCUER liderada pela Dra. Maria Julia tentava de todas as
maneiras amenizar o sofrimento do rapaz: </span><span>- </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Ela
está morta! Ela está morta! Simone está morta! Por favor, me matem, não suporto
tanta dor! Eu quero morrer logo... Morrer logo!</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>O jovem Pedro Henrique estava
morrendo e delirava nos braços da Dra. Maria Julia. Não havia mais nada a fazer
e assim como essa várias outras cenas de sofrimento em meio a tanta tragédia.
Os cães farejadores foram de uma importância tamanha nos trabalhos de rescaldo
e o número de vítimas fatais atingiam números superiores a duzentos. </span><span>- </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Eu
preciso entrar! Eu preciso entrar!</i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"><span style="font-family: helvetica;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Aos gritos, Charles queria de toda
maneira entrar no que restou do Shopping. Chamando por Marta, foi contido pelos
bombeiros que o afastaram de uma zona critica, pois havia risco de queda das
vigas que sustentavam o teto e as paredes laterais. Maria ficou sendo assistida
por uma equipe da RESCUER, mantendo os olhos arregalados, às vezes piscando,
olhando para um lado e para outro procurando por alguém, não dizendo uma só
palavra. </span><span style="font-family: helvetica;">Dr. Abreu viu que a situação ficou
grave, uma de suas pernas estavam esmagadas, os braços mutilados, mas Marta não
expressava a tamanha dor, não estava morta, respirava normalmente e apenas
mudou de expressão facial quando viu Charles:</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>- Estava esperando você chegar.
Resisti até esse momento te esperando. Existem vários anjos ao meu redor e eles
sopram minhas feridas, aliviando a minha dor. A luz ofusca meus olhos, mas
ainda consigo ver tudo ao meu redor. <o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Antes que a luz se apague e Deus
venha me abraçar queria te dizer que te amo e que sempre vou te amar, na
eternidade!<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"> Essas foram as últimas palavras de
Marta e aos gritos Charles se desesperou, ao mesmo tempo em que a equipe da
RESCUER retirava o corpo de Marta naquela região crítica, entre os escombros,
que prenunciava queda das paredes que rodeavam aquele cenário de terror.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><b>Antonio Auggusto João</b></span></div>
PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-15122194685254351742020-06-25T16:37:00.003-03:002020-12-19T19:46:01.778-03:00DOWN<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnVxk7A6qRUMGjr_ix-XbGcvGf8O8FfQPUVPuL5P9b8FCJNHPAA6uuE22-_6ncxqBu0Hxq2r8S3kFsRfHqU769mb9DEnvtzYjqq098gAbsktwFWK7jOCzClxcWvJS1bahdVm66iDDtgVZ4/s1600/CAPA+MAE+A4+OFICIAL.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnVxk7A6qRUMGjr_ix-XbGcvGf8O8FfQPUVPuL5P9b8FCJNHPAA6uuE22-_6ncxqBu0Hxq2r8S3kFsRfHqU769mb9DEnvtzYjqq098gAbsktwFWK7jOCzClxcWvJS1bahdVm66iDDtgVZ4/s320/CAPA+MAE+A4+OFICIAL.jpg" width="226" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: helvetica; font-size: medium;"><span><span style="color: black;"></span>
<span style="color: black;">Quando Letícia soube que estava grávida, não
se deu conta de como seria sua vida a partir daquela constatação, pois afinal,
ela ainda brincava de boneca e era sua mãe quem penteava seu cabelo quando ela
ia para a escola. As transformações no corpo daquela menina de quinze anos que
acabará de debutar foram preocupando sua mãe que achava que a filha não teria
estrutura suficiente para interpretar a nova realidade de sua vida. Apesar de
toda estrutura familiar que não deixava faltar nada para a adolescente, Letícia
ainda era uma criança na concepção de seus pais e sua mãe tinha em si que teria
que cuidar da criança que iria nascer, pois não poderia contar com a ajuda do
pai, de dezesseis anos, nem da família dele. </span></span><span>Os primeiros exames pré-natal foram feitos e
estava tudo normal. Letícia, apesar de muito jovem, sempre foi muito estudiosa
e interessada em tudo que se referia a família, a bons costumes. </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">-
Infelizmente houve um deslize e fiquei grávida, mas assumo minha
responsabilidade e daqui pra frente, apesar de muito jovem e inexperiente, vou
cuidar do meu bebê com carinho e amor e agradeço a Deus por poder contar com a
ajuda da minha família.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span></i><span>Esse tipo
de atitude deixou seus pais mais tranquilos, pois em nenhum momento sentiram
qualquer tipo de rejeição em relação a criatura de Deus que Letícia trazia em
seu ventre. A gravidez transcorreu normal até o último exame, no oitavo mês,
quando Letícia recebeu uma notícia dada pelo médico de que havia algum problema
com relação à formação da criança em seu ventre. Todos ficaram receosos em
contar a Letícia sobre o assunto, mas ela havia desconfiado e exigiu que lhe
contassem: </span><span>- </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;">Eu
vou perder o meu bebê? O que vai acontecer? </i><span>Para
surpresa, Letícia não encarou o fato como um problema: A Síndrome de Down é um
distúrbio genético causado quando uma divisão celular anormal resulta em
material genético extra do cromossomo 21. </span><span>Provoca uma aparência facial distinta,
deficiência mental, atrasos no desenvolvimento e pode ser associada a doença
cardíaca ou da tireoide. </span><span>O tratamento é feito por programas de
intervenção precoce com uma equipe de terapeutas e educadores especiais, que
podem tratar a situação específica de cada criança. Quando Maria Luiza nasceu
foi recebida com muito amor e carinho. Letícia foi uma mãe dedicada e doou todo
seu tempo, toda sua vida para cuidar da filha que para ela sempre foi uma
criança igual as outras, pois nunca faltou amor, carinho e ternura de ambas as
partes.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: helvetica; font-size: medium;">ANTONIO AUGGUSTO JOÃO</span></b></div>
<br />PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8474731908929478834.post-41066665753098695302020-06-25T16:27:00.003-03:002020-12-19T19:48:32.367-03:00 MEU PAI CHOROU<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixQmimpi7AWyxdZH7Dbb1m7JqqLGI_gA1w7iSdUfywFXjiYx3Bz7qOjo0_rpKcFBPmoMWGfI5y8q71g2TPUO6Q5ddEdIsp_LTRzcsxf8maaStYSpcy8HKq5_VH_wnjXPEOVgDXaLJpOVd2/s1600/Capa+Oficial+Cartas+Po%25C3%25A9ticas+Vol.+II.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1132" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixQmimpi7AWyxdZH7Dbb1m7JqqLGI_gA1w7iSdUfywFXjiYx3Bz7qOjo0_rpKcFBPmoMWGfI5y8q71g2TPUO6Q5ddEdIsp_LTRzcsxf8maaStYSpcy8HKq5_VH_wnjXPEOVgDXaLJpOVd2/s320/Capa+Oficial+Cartas+Po%25C3%25A9ticas+Vol.+II.jpg" width="226" /></a><span style="font-family: "tahoma";"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Quando garoto olhava para meu pai e
imaginava ser como ele quando crescer. Minha mãe dizia que tinha que comer bastante
arroz com feijão. Bem magrinho, olhava no espelho e projetava a minha imagem, a
minha vida que estava por vir. Meu pai foi um comerciante das feiras livres.
Carregava caixas e sacos de legumes nas costas como se fosse pena e queria
fazer como ele quando crescer. Eu tinha orgulho. Ele me dizia que a força vinha
da inteligência e que a inteligência era adquirida nos estudos, na força de
vontade, em querer saber e conhecer. Meu pai me aconselhava a estudar bastante,
para ser alguém na vida. Eu vi meu pai chorando. Nem quando a caixa cheia de
legumes caiu em seus pés, tampouco quando ele tinha uma forte dor de dente. O
tempo passou e comecei a compreender a vida e suas emoções. Chorei muito, mas
pelos amores possíveis e impossíveis, pela falta de um ente querido, pela
saudade – <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Palavra mais escrita pelos
poetas</i>. </span><span style="font-family: "tahoma";">Pensei
que meu pai fosse chorar como minha mãe chorou quando quase fui para o
exército, quando me formei na faculdade de administração de empresas, já que
não tive a sorte de ser um jogador de futebol - O sonho dele. Quando me casei,
arrumei minhas coisas e fui para bem longe e mesmo assim ele não chorou. </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "tahoma";">- Minha mãe chorou! </span></i><span style="font-family: tahoma;">Quando
minha filha nasceu ele não chorou. Suas lágrimas escorriam por dentro. Queria
que ele pudesse ter visto meu filho nascer! Duvido! Ele iria chorar como eu.
Mas como dizem: Ninguém é de ferro: </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "tahoma";">- <span style="mso-bidi-font-weight: bold;">Meu pai chorou</span>: </span></i><span style="font-family: "tahoma";">Ao ver as
lágrimas escorrendo em seu rosto, me senti numa guerra, prisioneiro do inimigo.
Ele reteve as lágrimas até quanto pode, mas seu coração transbordou, não teve
como segurar, pois um filho que ele criou foi embora e se sentiu como se
estivesse perdido uma guerra.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Chorou
desesperado. </span><span style="font-family: tahoma;">Um dia vou reencontra-lo. Ele vai me
abraçar e vamos chorar. Só que será um choro de felicidade! </span><i style="font-family: tahoma; mso-bidi-font-style: normal;">-
Meu pai chorou.</i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><b style="font-family: tahoma;">ANTONIO AUGGUSTO JOÃO</b></div>
<br />PORTAL DO AUGUSTOhttp://www.blogger.com/profile/07825329478885433341noreply@blogger.com0