14 abril 2015

A PAZ DE CRISTO



Jesus disse aos discípulos, “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou (João 14:27). Essa palavra teria de surpreender os discípulos; aos olhos deles, seria uma promessa quase inacreditável: a paz de Cristo se tornaria a paz deles. Estes doze homens haviam se maravilhado com a paz que haviam testemunhado em Jesus pelos últimos três anos. O Mestre nunca esteve com medo; esteve sempre calmo, nunca se alvoroçando por nenhuma circunstância. Sabemos que Cristo era capaz de ira espiritual. Às vezes Ele era provocado, e também sabia como chorar. Mas levou a vida sobre a terra como um homem em paz. Ele tinha paz com o Pai, paz em face das tentações, paz em tempos de rejeição e de zombaria. Ele até mesmo teve paz durante tempestades no mar, dormindo na beira do barco enquanto os demais tremiam de terror.Os discípulos haviam testemunhado Jesus sendo arrastado a um alto cume por uma turba enfurecida resolvida a matá-Lo. No entanto Ele calmamente se afastou da cena, intocado e cheio de paz. Eles tinham ouvido homens chamando o seu Senhor de Diabo. Líderes religiosos Lhe apontavam como fraude. Alguns grupos até conspiraram para matá-Lo. No entanto, em meio a tudo isso, Jesus jamais perdeu a paz. Homem algum, nenhum sistema religioso, nenhum Diabo conseguiria Lhe roubar a paz. Tudo isso deve ter causado discussões entre os discípulos: “Como Ele conseguiu dormir em meio à tempestade? Que tipo de paz é essa? E como conseguiu ficar tão calmo na hora que aquela multidão estava prestes a lançá-Lo no abismo? As pessoas zombam, insultam, cospem Nele, mas Ele nunca revida. Nada O perturba”. Agora Jesus estava prometendo a estes homens esta mesmíssima paz. Ao ouvirem isso, eles devem ter se olhado perguntando, “Quer dizer, vamos ter a mesma paz que Ele tem? Isso é incrível”. Jesus acrescenta, “Não vo-la dou como a dá o mundo” (João 14: 27). Não seria a assim chamada paz de uma sociedade entorpecida e com vícios. Nem seria a paz temporária dos ricos e famosos, que tentam adquirir paz de espírito com coisas materiais. 
TRECHO DO LIVRO "A PAZ DE CRISTO"
Antonio Auggusto João.