Aprendi que o único remédio para curar a saudade
é o tempo, porém, a dor não passa na primeira dose nem tampouco ameniza
rapidamente. É preciso um pouco mais de concentração, distração, e a melhor
coisa que se tem a fazer é se apegar em alguma coisa como, por exemplo, um
trabalho, uma viagem, tomar gosto por ler, escrever, passear... O que não pode
ser feito e se trancar num quarto escuro e não ver o sol nascer e nem se por. É
claro que isso não é uma receita infalível que vai servir de base para todo
mundo, pois depende muito se a pessoa quer superar o trauma, o drama, pois
esquecer é impossível e as recaídas são consequências normais durante esse
“tratamento”. A base de tudo é Deus, seja qual a religião você praticar. Não se
chateie nunca com Deus, pois às vezes custamos a entender qual foi o propósito
do acontecido e veremos e compreenderemos que assim como nós, Deus também sente
saudade de seus anjos e os chamam de volta antes do normal em nosso conceito. A
única coisa que ainda me deixa angustiado é que, apesar de acreditar que o que
chamamos de morte possa ser a nossa vida eterna, a saudade de abraçar e beijar
quem você ama e que não mais vê pode causar uma depressão, uma tristeza muito
grande e é contra isso que devemos reagir e buscar outros propósitos, se apegar
em pessoas e coisas que possam nos proporcionar de novo a alegria, para
aproveitarmos nossos momentos, mesmo depois de uma tragédia, uma tempestade, um
dilúvio, pois se acreditarmos no Todo Poderoso, as águas dos tsunamis serão
calmaria se a paz estiver em nossos corações>>>> TRECHO DO LIVRO
Antonio Auggusto João