23 janeiro 2016

LIVRO - MULHERES DE DEUS - VOL. II

Quis Deus libertar os hebreus do jugo dos egípcios, e suscitou um Moisés, que se apresenta diante do orgulhoso faraó, faz milagres para comprovar sua missão divina, lança pragas sobre o Egito, e ostenta o poder divino, abrindo diante de si as águas do Mar Vermelho, e nelas sepultando para sempre os exércitos inimigos. Quis Deus salvar a França do domínio inglês, na Idade Média, e em vez de fazer nascer entre os filhos dessa nação um grande general, chamou para realizar sua obra uma donzela, inocente pastorinha da Lorena. De repente, um país derrotado e decadente, retalhado pela ambição, governado por um príncipe fraco e hesitante, ressuscita ao ouvir a convocação de Joana. Sua voz virginal dá força aos fracos, coragem aos covardes e fé aos descrentes. Sua inocência infunde terror nos inimigos, restaura a pureza dos devassos. Seu nome é um brado de guerra. Sua figura, um estandarte imaculado. Em sua curta vida, conheceu os esplendores da glória e as humilhações da mais vil perseguição: a da calúnia - último recurso dos invejosos, arma traiçoeira dos infames, que poupa o corpo e fere a honra. Condenada à morte como bruxa, reduzida a cinzas pelo fogo, sua inocência triunfou nos altares para todo o sempre: Santa Joana d'Arc. No tempo em que a frança feudal, a França do heroísmo e da cavalheirosidade, encontrava-se sob o pé conquistador da Inglaterra, uma pastorinha foi suscitada por Deus numa aldeia muito humilde, cujo nome soa como toque de sino: Domremy. Desde muito cedo,tinha o costume de rezar enquanto se achava sozinha no campo, apascentando o rebanho de seus pais. Certo dia ouviu vozes misteriosas, que acabaram por identificar-se como sendo de São Miguel e de duas santas. Urgiram-na a apresentar-se ao rei de França e comunicar-lhe que Deus a enviava a fim de anunciar seu auxílio para expulsar os ingleses do território francês. Aquela virgem encantadora resolveu então partir e apresentar-se ao soberano. Logo que chegou à corte, passou-se com ela um belíssimo fato que veio provar a autenticidade de sua missão. Numa época como aquela, em que não havia imprensa nem televisão, só restava um modo de se conhecer o semblante do rei: olhá-lo diretamente. Quem nunca o houvesse visto, não saberia identificá-lo pela fisionomia no meio de muitas pessoas. No dia em que o rei Carlos VII condescendeu em ouvir Santa Joana d'Arc, vestiu-se ele como um simples nobre e, no salão de audiências, repleto de pessoas, retirou-se para um lugar secundário, mandando que outro se colocasse no lugar central, trajado como se fosse monarca. Santa Joana d'Arc entrou, olhou para todos e, sem titubear, foi em direção àquele que se ocultava num dos cantos, dizendo-lhe:" Ó Rei, eu venho vos falar!" Na conversa que se seguiu, Carlos VII pôs dificuldades `a jovem pastora, contudo ela venceu-as todas. Convencido de sua missão, o monarca colocou-a, frágil e débil, à frente de um dos exércitos mais fortes da Europa. E ela, na sua debilidade virginal e encantadora, comandou-o e empurrou os ingleses quase completamente para fora da França. Certa feita, santa Joana d'Arc dirigiu-se a Carlos VII, dizendo querer dele um inapreciável presente, e perguntou se o monarca estava disposto a dá-lo. Disse ele que sim. Ela, então, afirmou que desejava o Reino da frança! Surpreso e contrafeito, o rei entretanto condescendeu. Santa Joana d'Arc imediatamente mandou chamar quatro tabeliães e lavrou um ato pelo qual recebia de Carlos VII a França, despojando-se o soberano, em favor dela, de todos os seus direitos sobre o Reino. Após ter ele assinado o documento, santa Joana d'Arc mandou lavrar um outro, pelo qual ela, em nome de Deus, entregava novamente ao monarca o Reino da França!
Trecho do Livro

LIVRO - O PODER DA MENTE

Segundo Freud, o ser humano não é movido apenas por sua parte consciente. Grande parte das ações humanas é influenciada poderosamente por uma porção da psique humana que não é plenamente percebida pela nossa consciência. É o chamado "inconsciente", também chamado por Freud de id, palavra em latim que significa "isso". O uso do termo "id" significa que é uma porção obscura, misteriosa da nossa psique. É composta pelos nossos instintos, desejos, medos e lembranças que foram rechaçados pela porção consciente da nossa psique em virtude de regras morais. É interessante observar que Freud não foi o primeiro a sugerir que somos influenciados por aspectos de nossa psique dos quais não temos plena consciência: o filósofo alemão Gottfried Leibniz já levantara essa questão no século XVII. A porção consciente de nossa psique, aquela da qual temos consciência permanente, é chamada por Freud de ego, palavra em latim que significa "eu". O nosso eu rejeita muitos de nossos pensamentos por eles irem contra as normas da ética, normas estas que, durante toda nossa vida, são absorvidas por nossa psique. Estas normas éticas que foram absorvidas por nossa psique são chamadas por Freud de superego, palavra em latim que significa "sobre o eu". Segundo Freud, a função destas normas éticas seria conciliar as vontades dos id das pessoas, tornando possível a existência das sociedades. Ou seja, o superego colocaria um limite nas exigências do id: o limite do aceitável pela sociedade.
          Dentro dessa estrutura tripartite da psique humana proposta por Freud (id, ego e superego), a função do ego seria conciliar as exigências normalmente antagônicas do id e do superego, achando um denominador comum entre ambos. Os pensamentos provenientes do id que não fossem aceitos pelo ego retornariam ao id, compondo os chamados "traumas", que se manifestariam no indivíduo através das "neuroses", ou seja, as doenças psíquicas. A terapêutica freudiana consiste em trazer à consciência do paciente, através de sua exposição oral, esses traumas, ou seja, essas lembranças reprimidas. A espontânea exposição desses fatos reprimidos, na sessão de psicanálise, teria o efeito de curar as doenças psíquicas. Esses desejos não satisfeitos no plano consciente e armazenados no inconsciente se manifestariam através dos sonhos. Durante os sonhos, esses desejos poderiam, enfim, ser satisfeitos. Em relação aos sonhos desagradáveis, os chamados "pesadelos", Freud os explicava como sendo frutos de inclinações sadomasoquistas (obtenção de prazer através do sofrimento de outras pessoas ou através do próprio sofrimento). Uma das críticas que se fazem a Freud é a pouca representatividade dos casos clínicos em que se baseou sua teoria: todos os pacientes de Freud pertenciam a um mesmo estrato social, a classe média vienense do final do século XIX e início do século XX. Visando a superar essa limitação de amostras e, dessa forma, dotar sua teoria de um maior alcance de aplicação, Freud estudou clássicos da literatura e da arte mundiais, buscando, desta forma, aplicar sua teoria em outros contextos culturais.

          Foi baseado no clássico de Sófocles (famoso escritor grego do século V a.C.) "Rei Édipo" que Freud idealizou o famoso "complexo de édipo", segundo o qual toda pessoa buscaria o prazer (representado simbolicamente pela figura materna), no que seria contido pelas leis da sociedade (representadas simbolicamente pela figura paterna). Na história do "Rei Édipo", Édipo mata o seu pai e se casa com sua mãe, embora só venha a descobrir a identidade deles após ter realizado tais atos. Quanto tem consciência dos seus atos hediondos, Édipo fura seus próprios olhos, como forma de autopunição. Segundo o complexo de édipo formulado por Freud, todo ser humano quer "se casar com a mãe" (sentir prazer), tal como fez Édipo, mas, para realizar isso, precisa antes "matar o seu rival, o pai" (se confrontar com as regras sociais). Como na história de Édipo, o "assassínio do pai" (violação das regras sociais) e o "casamento com a mãe" (obtenção do prazer) não podem ser permitidos pela sociedade, pois gerariam instabilidade. Essa não permissão da sociedade é representada, no clássico de Sófocles, pela autopunição de Édipo e seu exílio. Mais tarde, Freud levantou a possibilidade de este complexo estar representado também em outro clássico da literatura: "Macbeth", de William Shakespeare. Na obra desse autor inglês, o personagem-título mata o pai para se apoderar de seu trono (que representaria, simbolicamente, a figura materna, o prazer). Para Freud, a vida civilizada era uma luta constante entre o "princípio do prazer", representado pela busca do prazer ao qual todo ser almeja e o "princípio da realidade", que significa os limites que a sociedade, através de suas normas morais, impõe à realização do princípio do prazer. Este conflito permanente geraria um mal-estar na civilização, um "mal-estar na cultura", título da obra escrita por Freud em 1930. Ainda em relação à arte, Freud achava que o fenômeno artístico era muito semelhante à neurose: em ambos os casos, ocorria uma fuga da realidade, visando à superação da limitação imposta pela realidade aos desejos dos indivíduos. Só que a arte gerava um retorno prazeroso para o artista, através da reação agradecida do público diante da qualidade da obra artística, o que não acontecia no caso da neurose.
Trecho do Livro

LIVRO - SANTA MARIA, MÃE DE DEUS

Quando lemos os Evangelhos, podemos perceber que os Evangelistas tratam quase que exclusivamente da vida de Nosso Senhor; deixando pouco comentário a respeito de Maria, Mãe de Jesus.
Quantos de nós aqui temos pensado na vida e no trabalho desta mulher maravilhosa?
Será que Ela veio ao mundo apenas para dar a luz ao nosso Salvador?
É claro que não. Ela tinha uma missão muito especial aqui na Terra. Como também José e Jesus, tinham uma missão especial.
Joaquim e Ana viviam em Jerusalém. E naquele tempo, o casal que não tinha filhos. e segundo a crença, este fato significava não ser abençoado por Deus.
Um dia quando Joaquim se dirigia ao templo para levar oferendas, foi chamado de indigno pelo sacerdote; pois era um casal que não tinha descendência em Israel, isto é, não tinha filhos. A esterilidade era considerada desonra e até mesmo castigo. E Joaquim sentindo humilhado e muito triste, resolveu ir para o deserto. Lá permaneceu por 40 dias em jejum, e no final deste período Joaquim recebeu a visita de um Anjo e ao mesmo tempo, Ana sua esposa, também recebeu uma visita angélica, dizendo que Deus havia ouvido suas preces e que lhes daria uma descendência.
Podemos verificar que este tempo sozinho no deserto foi um período de provações e preparo espiritual para receber Aquela que havia de trazer ao mundo o Filho de Deus.
E a alma de Maria veio ao mundo livre de pecado original, sem mancha alguma, mas radiante de graças divinas. Isto é, foi concebida livre do desejo e da paixão. Aos 3 anos de idade Maria foi ao templo para ser consagrada a Deus. Maria foi educada pela própria mãe a Santa Ana e para os ensinamentos espirituais frequentou o templo dos Essênios.
E quando Maria atingiu a idade para contrair matrimônio, como era de costume, apareceram alguns pretendentes trazendo em suas mãos uma vara. Pois, segundo a crença, aquele cuja vara florescesse seria o esposo de Maria. E a única vara que floresceu foi a de José e sobre a qual apareceu o Espírito Santo sob forma de uma pomba. E José aceitou casar-se com Maria, mesmo sabendo que ela havia sido consagrada a Deus, isto é, havia feito voto de castidade.
Após o matrimonio, o casal foi guiado por seus guardiões Angélicos para morar próximo a Jerusalém. Maria era a perfeita dona-de-casa e era também a mais elevada iniciada das mulheres. Ela se dedicava amorosamente ao preparo de lã e do linho para vestir os pobres, inclusive a túnica usada por Cristo na crucificação foi tecida por ela.
No Mundo Físico esse era seu trabalho, mas também tinha outra incumbência; Maria já havia começado sua preparação iniciática para receber o grande presente de ser a Mãe do Salvador.
E para receber a Anunciação, que seria mãe de um ser iluminado, Ela preparou seu corpo espiritual através dos Nove Mistérios Menores ou Nove Iniciações ou nove Estratos da Terra, como Max Heindel descreve no Conceito Rosacruz do Cosmos. E a cada degrau de iniciação foi lhe revelando estes estratos gradualmente. Com estes nove passos Maria tornou-se consciente de toda sua evolução passada, isto é, tornou-se capaz de compreender a existência da constituição do Tríplice Corpo, Tríplice Alma e Tríplice Espírito.
Maria também foi submetida ao teste dado por Salomão, e como tal escolheu ao mais elevado: “Maria, conquistaste a graça em meus Olhos, nada lhe pode ser negado até a metade do meu Reino”. E Maria replicou: “Para mim nada quero; tudo que peço é para a raça humana”.
Diante de tanta pureza e bondade Maria recebe a Anunciação, onde lemos em Lucas Cap.1,26-28: “No sexto mês, o Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando o Anjo disse-lhe: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo”.
Maria já estava acostumada com as visitas de Anjos, porém não conseguia compreender o sentido da mensagem dada pelo Anjo Gabriel, pois em seu íntimo desejava apenas ser a serva de Deus. Mas, o Anjo compreendendo sua aflição continuou: “Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo e o Senhor Deus lhe dará o trono do seu pai Davi... e seu reino não terá fim. E Maria pergunta: “Como se fará isto, pois não conheço homem?”
Quando Ele diz a Maria: “Não temas”, queria explicar que não havia nada de incompatível com o voto de castidade, pois havia encontrado o privilégio do Senhor devido a sua pureza anímica. Ela não conceberia um filho na forma comum, mas que o Espírito Santo virá e a protegerá contra os desejos da carne.
E o Anjo continua dizendo: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e a força do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso o ente santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus”.
E Maria aceitando e compreendendo sua bela missão responde “Eis aqui a escrava do Senhor. Cumpra-se em mim segundo a tua palavra”. E o Anjo Gabriel foi embora dando por cumprida sua missão.

Assim, Maria passa a ser o símbolo da pureza, o ideal feminino, o padrão perfeito de cada futura mãe.

LIVRO - A NATIVIDADE DE JESUS CRISTO

O anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré, para falar com uma virgem que era noiva de José, um carpinteiro, descendente do rei Davi. O nome da virgem era Maria. Entrando onde Maria estava, o anjo disse:
“Ave cheia de graça, o Senhor está com você ”
Ela assustou-se e pôs-se a pensar o que significariam essas palavras. Disse-lhe então o anjo:
“Não tenha medo, Maria…”
E o anjo lhe contou que ela havia sido escolhida para ser a mãe do Filho de Deus. Ela não entendeu como ficaria grávida, porque não era casada, mas o anjo explicou:
“O Espírito Santo virá sobre você e a força do Altíssimo a envolverá com a sua sombra…”
O anjo também contou sobre Isabel que, mesmo velha, já estava no sexto mês de gravidez:
“A Deus nenhuma coisa é impossível.”
Então Maria disse:
“Eis aqui a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a Sua palavra.”
E o anjo afastou-se dela.

(Lc 1,26-38)

O LIVRO PROIBIDO

Antes de terminar de escrever esse livro, resolvi ler “Cinquenta Tons de Cinza”, para ter uma idéia melhor de como escrever com conteúdo erótico.  O livro conta a história de Anastásia Steele, uma jovem e ingênua estudante de literatura que aos 21 anos nunca teve um namorado. Ana, como prefere ser chamada, é uma mulher bonita, inteligente, mas extremamente desastrada. Ela mora com a amiga autoritária Katherine Kavanagh – ou simplesmente Kate –, que estuda jornalismo. Kate consegue marcar um horário para entrevistar Christian Grey, um bilionário de 28 anos que comanda um negócio multinacional. Não obstante, ela acaba adoecendo no dia da entrevista e solicita que Ana a realize em seu lugar. Ana corresponde ao pedido de Kate e nem imagina os rumos que sua vida iria tomar após aquele dia.
Quando Ana e Christian se conhecem, logo sentem uma forte atração um pelo outro. Apesar de sua inexperiência, Ana parece decidida a encarar um relacionamento e se entregar ao amor. Christian, por sua vez, é um homem com preferências estranhas e isso faz Ana hesitar em um primeiro momento. 
Não demora muito para que eles embarquem num intenso e sensual caso de amor. Ana ignora completamente os conselhos de sua amiga Kate e se deixa seduzir pelo homem que, para ela, é sinônimo de perfeição. Ela descobre mais sobre seus próprios desejos e se choca ao descobrir também que por trás daquele homem de sucesso existe um passado misterioso de segredos obscuros. 
Eu não avalio esse livro como ruim, mas ele ficou longe de entrar para a minha lista de favoritos. O que mais me chama atenção é que essa trilogia alcançou um sucesso estrondoso, principalmente entre o público feminino. 
Talvez a grande jogada da autora tenha sido criar uma protagonista bonita, com autoestima quase nula e absurdamente ingênua. A mocinha boba que se apaixona pelo bilionário atraente e é correspondida (mesmo que de maneira estranha), foi a aposta de E. L. James. 
As semelhanças com a saga Crepúsculo foram visíveis, por conta do “burburinho” acerca dessa trilogia. Nas primeiras páginas, gostei do desenvolvimento da narrativa e de como a protagonista fora apresentada. Contudo, no decorrer dos capítulos ficou chato quando Ana revirava os olhos, dizia os mesmos palavrões, mordia o lábio inferior, discutia com a sua “deusa interior” e com o seu inconsciente. No início foi interessante, cômico até. Depois ficou cansativo. Em um determinado momento do livro, alguns personagens simplesmente desaparecem e toda a trama fica concentrada em Ana e Christian. A grande parte do livro se resume em sexo, sexo e mais sexo. As cenas picantes ficaram repetitivas e os diálogos muito superficiais. 
Foi um acerto da autora quando o casal passou a se comunicar por e-mails. A leitura ficou mais leve e fluiu melhor. Além disso, os mistérios sobre o passado de Christian deram ritmo ao livro e despertam a curiosidade do leitor. Ponto para E. L. James! Os segredos que o “Sr. Perfeição” esconde, alavancam o interesse em ler o segundo volume. 
O livro pode ser facilmente manuseado, o tamanho da fonte também contribui para uma boa leitura. A Editora Intrínseca caprichou, não há queixas quanto a isso. “Cinquenta tons de cinza” é um livro de conteúdo erótico, portanto, destinado a maiores de 18 anos. Por isso, não recomendo a leitura a qualquer pessoa, da mesma forma que não recomendo esse meu livro para menores. Aprendi que escrever sobre erotismo e sensualidade sem usar palavras chulas, não faz sentido, não completa o que o leitor espera do outro lado. De qualquer forma, como escritor quero passar por várias experiências e escrever sobre todos os temas, até achar o meu tema mais forte, o meu tema ideal. Até lá, vou agradar e desagradar muita gente, vai ser estranho para alguns e compreensivo para outros, mas na essência vou encontrar o caminho certo para minhas letras.
Antonio Auggusto João



LIVRO - ROSAS SEM CHEIRO

ROSAS SEM CHEIRO,


Se pudesse, voltaria no tempo pra corrigir um momento de minha vida: Quando amei demais. Amar demais pode ter sido minha maior doença. Mata-nos aos poucos, pelas beiradas da alma, pelos cantos da razão, no meio do coração - Como um tiro no peito: Infarto agudo da alma. Se tivesse sido um Super-Herói, eu teria dado várias voltas ao redor da terra. Não para ressuscitar o passado, nem para salvar a mulher que amei... Mas pra trazer de volta as cores que deixaram de habitar os meus jardins, de matos cinza, terras negras,[ rastros sem saída ]... De plantas murchas e Rosas sem Cheiro

LIVRO - POÉTICA

CORRA PRA MIM

Se o teu coração está triste,
Alguém te feriu e machucou tua alma,
De certo, não quero chamar sua atenção...
Não peço que me ame, sei que você não tem nada a perder,
Nada pra pagar, nada pra escolher...
Não sei se é certo chamar sua atenção,
Não sei... Mas, se não tiver outra opção...
Se o teu coração insiste em ficar triste,
Não hesite: Corra pra mim... Estarei aqui, hoje e amanhã.
Na imensidão de todos os mares, nos desertos...

Até mesmo quando as estrelas, uma a uma estiverem se apagando... Corra pra mim...
Trecho do Livro

LIVRO - AS ROSAS SOBRE A MESA

AS ROSAS SOBRE A MESA

( Elas  não vivem mais... )
Os discos, os livros... Estes,  não vou deixar você levar,
Não vão lhe fazer falta.
Da cabeceira da cama, pode tirar o teu retrato,
Não vou querer recordar
Quando passar pelo jardim, não deixe rastros sem saídas,
Não pise fundo nas terras negras, não destrua o meu jardim... É de lá que vem a inspiração  pr´os  meus versos,
Pra minha vida... Vem de lá o acalento pra minha dor,
A energia contra minha tristeza...
Não toque os lírios, não machuque as pétalas,
Deixe de sentir o cheiro dos jasmins...
Ao sair, não bata a porta... Eu não estou vendo a tua ira
Passando pela sala de estar, junto à mesa de jantar,
Não se esqueça de pegar  AS ROSAS SOBRE A MESA
Elas não vivem mais...
Ficaram murchas,
(Cresceram-se os espinhos),
Secaram com o tempo...
Morreram assim como o amor,
Que um dia...
Eu e você  pensamos ter existido.

LIVRO - PÁSSARO CONDOR

PALHAÇO
Ainda que eu andasse só e desencorajado,
Da minha vida em descompasso,
Não vou lhe pagar de PALHAÇO,
Mesmo caído no chão...
Fugiu de mim toda alegria,
Sobraram mágoas – Agonia,
Não vou ficar na tua mira – Bala de Canhão...
Eu vou sorrir, mas de desgosto,
Veja as marcas do meu rosto,
Pintadas de emoção...
E quando a minha mágoa passar [ Vai passar ],
Eu vou mudar o meu semblante,
Te mandarei um terno abraço,
Agora sim,  eu sou PALHAÇO,
Eu voltarei a sorrir...

LIVRO - 70 VEZES EM APUROS! - COLEÇÃO

SAI DA FRENTE


Para quem vive em São Paulo ou numa grande metrópoles sabe que uns dos maiores problemas que enfrentamos é o transito. O paulistano perde em média duas horas e quarenta e nove minutos por dia no trânsito. Eu perco quatro horas. A consequência dos congestionamentos na qualidade de vida das pessoas aparece das mais diversas formas e através de diferentes indicadores. Segundo dados do laboratório de Poluição da USP, morrem cerca de vinte pessoas por dia na região metropolitana da cidade, devido a problemas respiratórios agravados pela má qualidade do ar. Os meios motorizados de transportes, são os principais vilões da poluição atmosférica. O trânsito e o transporte da cidade é considerado por mais de cinquenta por cento da população, o segundo maior problema da cidade, ficando atrás somente do tema Saúde. O carro precisa ser visto e utilizado prioritariamente como um veículo de passeio. Mas para isso, o executivo precisa ampliar sua atuação e parar de relacionar o problema de mobilidade na cidade, somente ao excesso de carros e de pessoas que utilizam o transporte. É hipocrisia dos que possuem carros criticar a ampliação da compra de veículos, que na realidade representam melhoria das condições econômicas da população, que possibilitaram a mais pessoas adquirirem um automóvel. Mas como convencer a população deixar o carro e utilizar o transporte coletivo, saturado em horário de pico? Entre ficar três horas no ônibus e metrô lotado e três horas no trânsito congestionado dentro do carro, uma grande porcentagem prefere a segunda opção. Não dá para dizer que não existe políticas públicas para bicicletas, se mais de quinhentos quilometros de vias para ciclistas estão sendo executadas. Algumas alternativas amplamente debatidas precisam ser colocadas em prática, como o incentivo ao desenvolvimento de regional da cidade para que os desejos de viajem da população sejam descentralizadas do centro expandido e fiquem mais próximos do local onde moram. A criação de alternativas para locomoção também se faz essencial para incentivar o uso da bicicleta, e até mesmo da caminhada em percursos menores, que muitas vezes são feitos de carro. Estatísticas e projetos à parte, o apuro que passei ligado a esse tema começou numa tarde chuvosa de uma certa segunda feira. A cidade batia mais uma vez um alto índice de congestionamento e as pricipais vias estavam praticamente paradas. Os acidentes nestas ocasiões são inevitáveis, principalmente com os motociclistas, que como marabaristas, às vezes se dão mal numa manobra que na maior parte das vezes são muito arriscadas. Diante deste caos, os semafaros sempre ficam em amarelo piscante ou apagados, comprometendo ainda mais o transito e causando estado critico de nervos nos motoristas que perdem a paciência e cometem infrações. E os marronzinhos? Esses são como papéis, não podem se molhar porque senão borram e desmancham e assim somem do mapa quando começam as primeiras gotas de chuvas, ou se escondem de maneira estratégica com o intuito de multar os motoristas desesperados que cometem infrações com o objetivo de se livrarem do trânsito.                 - Eu estava atrasado, muito atrasado para chegar em um compromisso que se iniciaria as vinte horas. Sai as dezesseis horas da zona sul com destino a zona leste. Em situação normal eu gastaria no máximo duas horas, considerando um transito até certo ponto ruim. Mas eu já estava a três horas no transito e me encontrava no meio do caminho. Com certeza iria perder o meu compromisso que por sinal já havia sido adiado uma vez. Já estava noite e os vidros embaçados do carro dificultavam a visibilidade, aliado a chuva intermitente. À minha frente havia um veículo quebrado e foi muito dificil desviar, pois os outros motoristas não faziam a gentileza de me deixar desviar, enquanto que os outros motoristas que vinham atrás, buzinavam e xingavam a minha mãe que não tinha nada a ver com isso. Quando enfim me livrei daquela situação, entrei na via principal e o transito começou a fluir de maneira satisfatória. Entretanto, lembrei-me que naquela avenida existiam vários radares que fotografavam e multavam os motoristas que ultrapassassem a velocidade de sessenta quilometros por hora e que inclusive, eu havia sido multado duas vezes e acumulado oito pontos na minha carteira de habilitação. Neste caso, reduzi a velocidade para sessenta quilometros por hora para não ser multado, mas os carros que vinham atrás de mim não queriam saber e lançavam faróis alto para eu sair da frente. Foi então que resolvi não me estressar mais e sai pela direita, deixando os apressados e cheios de dinheiro para pagar as multas passarem. Eu tinha perdido meu compromisso mesmo e não queria completar meu dia com mais uma multa no meu curriculo. Só que paciência tem limites: Um onibus fora da faixa exclusiva apontou atrás do meu carro com os faróis altos e piscantes na minha direção, solicitando gentilmente para eu sair da frente. Naquela altura, eu estava de saco cheio e achei um absurdo um onibus em alta velocidade, do lado esquerdo da via, fora de sua faixa exclusiva e ainda com farol alto sugerindo para eu andar acima do limite ou sair da frente. Subtamente senti meu coração palpitar e sabia que isso era um sinal de que meu estado de nervos havia atingido o ponto máximo. Foi então que abri o vidro da janela lateral, coloquei o meu braço esquerdo para fora da janeira e fiz um sinal caracterisco, mandando o motorista do onibus para aquele lugar. Para completar, reduzi ainda mais a velocidade, fazendo com que o motorista do onibus tivesse que frear mais bruscamente. Pensei como estariam se sentindo os passageiros com o motorista dirigindo daquela maneira. Mas logo à frente o semáfaro indicou a cor vermelha e eu parei à direita, bem perto da faixa de pedrestes, enquanto que o onibus parou na minha lateral esquerda. Achei melhor não olhar para o onibus, mas com raiva, olhei na direção do motorista e tomei o maior susto, pois o onibus não era um onibus convencional, de passageiros, obrigados a andar na faixa exclusiva. Era um onibus da policia militar, do batalhão de choque, com uns quarenta policiais dentro, todos de cabeça para fora, olhando para a minha direção, e o onibus vei atrás de mim como se estivesse sem freio, enquanto que o motorista ameaçava descer ou encostar para me fechar, quando tive a ideia de entrar numa rua estreita, do meu lado direito, através de uma pequena brecha, no mesmo momento em que a porta do onibus da policia se abriu e três soldados saíram para me pegar! Daí então o medo foi que eles tivessem anotado a minha placa, nas até hoje nada de mais grave me aconteceu, somente o estresse e a perda do meu compromisso daquele dia!
Trecho do Livro