11 junho 2016

LIVRO - PECADO ORIGINAL

Pecado Original” refere-se ao pecado de Adão em comer da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal e seus efeitos sobre o resto da raça humana desde então, principalmente seus efeitos em nossa natureza e nosso relacionamento com Deus, até mesmo antes de termos idade suficiente para cometer pecado conscientemente. Veja a seguir as três opiniões diferentes que tentam explicam seu efeito: Pelagianismo: O pecado de Adão não teve nenhuma influência sobre as almas de seus descendentes além de, através de seu exemplo pecaminoso, encorajar outras pessoas a também pecar. De acordo com essa opinião, o homem tem a habilidade de parar de pecar se ele quisesse. Esse ensino vai de encontro a várias passagens que ensinam que o homem é um escravo do pecado (quando longe da intervenção de Deus) e que suas boas obras são “mortas”, quer dizer, sem nenhum valor para ganhar o favor de Deus (Efésios 2:1-2; Mateus 15:18-19; Romanos 7:23; Hebreus 6:1; 9:14). Arminianismo: Os arminianos acreditam que o pecado de Adão resultou no resto da humanidade herdando uma tendência a pecar chamada de “natureza pecaminosa”. Essa natureza pecaminosa nos leva a pecar da mesma forma que a natureza de um gato o leva a miar – ocorre naturalmente. De acordo com essa opinião, o homem não pode parar de pecar sozinho, por isso Deus dá uma graça universal, a qual o capacita a parar. Essa graça é chamada de graça preveniente. Também de acordo com essa opinião, não somos responsáveis pelo pecado de Adão, apenas os nossos. Esse ensinamento vai de encontro ao tempo verbal escolhido para “...todos pecaram” em Romanos 5:12 e também ignora o fato de que todos sofrem a punição do pecado (morte) mesmo quando não pecaram de uma forma semelhante à de Adão (1 Coríntios 15:22; Romanos 5:14-15,18). Além disso, a Bíblia não ensina em lugar nenhum a doutrina de graça preveniente. Calvinismo: O pecado de Adão resultou não só na nossa natureza pecaminosa, mas também em culpa diante de Deus, pelas quais merecemos punição. Ser concebido com o pecado original sobre nós (Salmos 51:5) resulta em nós herdando uma natureza pecaminosa tão perversa que Jeremias 17:9 descreve o coração humano como “enganoso ... mais do que todas as coisas, e perverso”. Adão foi não só culpado por causa do seu pecado, mas sua culpa e punição (morte) pertencem a nós também (Romanos 5:12,19). Há duas opiniões sobre por que Deus deve enxergar a culpa de Adão como pertencente a nós também. A primeira afirma que a raça humana fazia parte de Adão em forma de semente; portanto, quando Adão pecou, pecamos nele. Isso é semelhante ao ensino Bíblico de que Levi (um descendente de Abraão) pagou dízimos a Melquisedeque em Abraão (Gênesis 14:20; Hebreus 7:4-9), apesar de que Levi não nasceu até centenas de anos mais tarde. A outra opinião é de que Adão serviu como nosso representante e como tal, quando ele pecou, tornamo-nos culpados também. A opinião Calvinista enxerga o homem como incapaz de ter vitória sobre o seu pecado, exceto sob o poder do Espírito Santo. Esse poder só é possuído quando alguém arrepende-se do seu pecado e vira-se para Cristo em total dependência dEle e Seu sacrifício expiatório na cruz. Um problema com essa opinião é como explicar como bebês e aqueles que são incapazes de cometer pecado de forma consciente são salvos (2 Samuel 12:23; Mateus 18:3; 19:14), já que eles também são responsáveis pelo pecado de Adão. Millard Erickson, autor de Teologia Cristã, acha que essa dificuldade é resolvida da seguinte maneira: “Há uma posição (opinião) que….preserva o paralelismo entre nós aceitando o trabalho de Cristo e o de Adão (Romanos 5:12-21), e ao mesmo tempo destaca de forma mais clara nossa responsabilidade pelo primeiro pecado. Somos responsáveis e culpados quando aceitamos ou aprovamos a nossa natureza corrupta. Há um momento na vida de cada um de nós quando nos tornamos cientes de nossa própria tendência a pecar. Naquele ponto, podemos abominar a natureza pecaminosa que tem estado presente todo aquele tempo.... e arrepender-nos dela. Pelo menos haveria uma rejeição do nosso pecado. Mas se submeter-nos à natureza pecaminosa, estamos na verdade dizendo que ela é boa. Ao estabelecer nossa aprovação de uma forma tácita da corrupção, estamos também aprovando ou concordando com a ação no Jardim do Edén de tanto tempo atrás. Tornamo-nos culpados daquele pecado sem termos ainda cometido um pecado próprio”. A opinião Calvinista do pecado original é a mais consistente com o que a Bíblia ensina e “pecado original” pode ser definido como “aquele pecado e sua culpa que todos nós possuímos aos olhos de Deus como resultado direto do pecado de Adão no Jardim do Éden”.
PREFÁCIO DO LIVRO

LIVRO - A ESCOLHA

A reencarnação, um dos princípios básicos do Espiritismo, é, ao mesmo tempo, fator explicativo para as diferenças que atingem as pessoas no contexto social, bem como esperança diante dos desafios que a vida terrena oferece. Tem por finalidade desenvolver a inteligência e é uma oportunidade de prova, expiação ou missão. Sobretudo, ela leva ao progresso espiritual e à participação na obra da criação. Tudo começa com um estado de transição, em que o espírito passa por um momento de e perturbação e perda gradativa da consciência de si mesmo. Este é um estágio preparatório para o nascimento. A infância, que vai do nascimento à puberdade, é um período de repouso do espírito, que nessa fase está mais acessível às impressões que recebe. Para os pais esse é o momento de imprimir conceitos e orientações capazes de auxiliarem o adiantamento deste que se lhe apresenta como filho ou filha. O diálogo é insubstituível no processo educativo. E a par da educação do corpo é fundamental educar a alma. Esse período exige muito dos pais diante do compromisso aceito na espiritualidade de receber filhos na Terra. Embora a criança apresente, geralmente, um estado de inocência e de fragilidade, é um espírito necessitado de orientação e amparo. Não se veem crianças dotadas dos piores instintos? Donde provirão instintos tão diversos em crianças da mesma idade, educadas em condições idênticas e sujeitas às mesmas influências? A infância representa um período acessível aos conselhos. A delicadeza da idade infantil torna a criança branda e receptiva aos conselhos da experiência dos pais. É um período em que se pode reformar e reprimir os maus pendores. Tal o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão de prestar contas. A reencarnação atesta a justiça divina oferecendo oportunidade de encontros e reencontros educativos através dos quais se cumpre a lei de causa e efeito e, sobretudo, é o caminho que leva a Deus.
PREFÁCIO DO LIVRO

LIVRO - VIVER DE NOVO - REENCARNAR



A Doutrina Espírita trabalha atualmente com a hipótese de que o processo reencarnatório envolve conceitos de missão, provação, expiação e karma. 
Vale ressaltar que no entendimento atual da Doutrina, os processos reencarnatórios apresentam facetas desses quatro conceitos, mas que algumas reencarnações podem apresentar o predomínio de algumas dessas características. Eles não são consequência de uma interferência ou controle externo ao espírito reencarnante, descartando-se portanto qualquer ideia de castigo, punição ou recompensa. Eles são decorrentes da lei de causa e efeito e das condições de equilíbrio e harmonia do espírito. Missão é a situação na qual o espírito reencarnante aplica conhecimentos internalizados a favor de uma pessoa ou do grupo de sua convivência. Provação é a situação na qual o conhecimento em processo de acomodação e internalização deve ser vivenciado; é a situação na qual o espírito é desafiado ao limite de seu conhecimento. Expiação não se refere à aplicação de conhecimento, mas, sim, a uma consequência de um conhecimento aplicado, que provocou consequências difíceis, desagradáveis, muitas vezes dolorosas, que o seu responsável deverá enfrentar. Carma ainda é um conceito útil dentro da concepção da Doutrina, desde que se esteja atento para o seu significado, diverso do de outras Doutrinas. Para o Espiritismo, carma caracteriza a situação na qual o espírito está enfrentando as consequências de atos seus que lhe provocaram um desequilíbrio muito intenso, tanto em qualidade como em quantidade, e que, pela sua intensidade, o espírito poderá levar toda uma encarnação, ou mais de uma, para recuperar seu equilíbrio. A pessoa em desequilíbrio estará sempre em recuperação tanto pela sua reação própria como pela ajuda de outras pessoas (curar, aliviar, consolar; conhecimento técnico, moral e afetivo). O que varia é apenas o tempo necessário para que o equilíbrio seja novamente retomado. É importante frisar que as dificuldades que o espírito encarnado encontra em seu cotidiano muitas vezes não são explicadas pela reencarnação. Reencarnação não explica tudo. Há muitas situações de desequilíbrio causadas em sua encarnação atual.
TRECHO DO LIVRO