06 fevereiro 2021

 

Quando olhei meu telefone e tinha uma mensagem urgente da MARILYN MONROE DO 81, do bloco 1, fiquei um tanto quanto preocupado, pois se tratava da mulher mais bonita e mais gostosa que eu já tinha visto e lembrei-me de quando tomei uns tapas da Débora, pois disse o nome da Marilyn quando eu estava sonhando! - 234-56-78 Markito a seu dispor! Em que posso ser útil?

  - Markito, é a Marilyn!

   - Pois não Marylin, como posso te ajudar?

A Marylin me pediu para trocar a fechadura da porta do quarto dela. Disse que às vezes era obrigada a se trancar no quarto, pois o marido era muito violento e batia nela. O ZÉ PEQUENO, marido da Marylin era temido no bairro. Ele tinha uma empresa de fachada e dizem as mesmas más línguas de sempre que ele é agiota e aluga clandestinamente máquinas de vídeo pôquer. Ninguém se atrevia a mexer com ele, inclusive era acusado, sem provas, de ter mandado matar alguns que lhe devia dinheiro. A coisa que mais intrigava os vizinhos era como uma mulher tão bonita como a Marylin podia viver com aquele baixinho, marginal e covarde, que batia em mulher. Cheguei a conclusão de que a Marylin vivia em cárcere privado, no apartamento 81 do bloco 1 e tinha medo de se separar do Zé Pequeno, pois ele era um bandido marginal:

   - Marylin, vou até a casa de ferragens comprar uma fechadura nova e já volto!

Estava um calor infernal naquele dia e eu estava derretendo dentro daquele macacão que usava, com o emblema da minha empresa, para me identificar perante os clientes. Talvez também fosse devido ao forte calor que a Marylin estava com um micro shortinho, apertadinho e sem sutiã! Meu Deus! A Débora vai me matar! Voltei da loja de ferragens e percebi que alguém me seguia. Não dei importância, pois o que mais queria era voltar logo e terminar o serviço, antes que algum vizinho cagueta me visse e me entregasse para a Débora. Não sei se estava sentindo tanto calor por estar de macacão ou por estar pertinho daquela mulher que exalava o perfume da mais linda flor e que seus olhos hipnotizavam a ponto de eu dar uma martelada no meu dedo! Tirei o macacão e fiquei de bermuda e camiseta. Estava muito calor. Deixei o macacão e minha botina na sala, sobre uma cadeira e entrei no quarto para substituir a fechadura. A Marylin ficou deitada na cama com o bumbum pra cima. Eu não estava conseguindo me controlar com tanta exuberância em minha frente e distraído, dei mais uma martelada no dedo e repentinamente a porta se fechou com o vento, travando a fechadura pelo lado de fora e ficamos presos eu e a gostosona da Marilyn dentro do quarto! Marylin ficou deitada de bruços na cama! Olhei pela janela do oitavo andar e vi o Zé Pequeno correndo e logo atrás veio a filha da put* da Fofoqueira do 122. Na certa ela dedurou para o Zé Pequeno que eu estava na casa dele, sozinho com a Marylin. Tudo bem! Estava trabalhando! Mas como iria explicar para o Zé Pequeno porque meu macacão e minha botina estava na sala e eu trancado no quarto com a esposa dele? Fiquei desesperado: Como ia explicar para a Débora? O Zé Pequeno entrou no apartamento furioso, com uma arma na mão e gritando o nome da esposa e me xingando de filha da put#! Tive vontade de pular pela janela, mas lembrei que estava no oitavo andar, a trinta metros de altura do chão. A Marylin estava dormindo e o Zé Pequeno, armado, desesperado, tentando arrombar a porta a todo custo. Depois de destruir a porta, o "marido traído" entrou feito um louco pra dentro do quarto, e com os olhos esbugalhados e com a arma apontada para a minha cabeça disse:

   - Onde está a minha mulher seu filha da put$?

   - Ela não está aqui Seu Zé Pequeno! Abaixe essa arma pelo amor de Deus!

Expliquei para o Zé Pequeno e para a filha da put& da Fofoqueira do 122 que a mulher dele não estava em casa, estava sozinho, consertando a fechadura do quarto e devido ao calor tirei o macacão e fiquei de bermuda e o vento fechou a porta e fiquei preso, trancado dentro do quarto. O Zé Pequeno não ouviu nada do que falei e depois que conferiu todos os cômodos do apartamento, inclusive embaixo da cama, constatou que sua esposa não estava em casa, abaixou a arma e ficou mais calmo. Porém, levantou a arma novamente quando a filha da put@ da Fofoqueira do 122 pediu para ele conferir dentro do guarda roupa: - Não tem ninguém aqui! Vamos embora Fofoqueira do 122. E você aí, cusão, termina logo esse trampo! Respirei fundo, ainda sem entender como tinha me livrado daquela situação e só dei conta do que realmente tinha acontecido quando a Débora me deu um safanão e disse: - Acorda Markito! Acorda amor! Hoje é domingo! Vamos à missa! Acorda!