Era o fruto proibido as relações
sexuais, como alguns têm afirmado? As Escrituras não apoiam essa ideia.
Primeiro porque, quando Deus estabeleceu a proibição, Adão estava
sozinho e evidentemente continuou assim por um tempo. Segundo, Deus mandou que Adão e Eva ‘fossem fecundos, se tornassem muitos e enchessem a terra’. É claro que Deus não os mandaria violar sua lei e depois os sentenciaria à morte por fazerem isso. Terceiro, Eva comeu do fruto antes de Adão e depois o deu também a seu esposo. Fica claro que o fruto proibido não era o sexo. A árvore do conhecimento era uma
árvore de verdade. No entanto, ela representava o direito de Deus, como
Legislador, de decidir o que é bom e o que é mau para suas criaturas
humanas. Portanto, comer da árvore não era apenas um roubo — tomar algo
que pertencia a Deus —, mas era também uma tentativa presunçosa de
conseguir autodeterminação, ou independência moral. Observe que logo
depois de mentir a Eva, dizendo que ela e seu marido ‘positivamente não
morreriam’ se comessem do fruto, Satanás afirmou: “Porque Deus sabe que,
no mesmo dia em que comerdes dele, forçosamente se abrirão os vossos
olhos e forçosamente sereis como Deus, sabendo o que é bom e o que é
mau.” Entretanto, quando comeram do
fruto, Adão e Eva não obtiveram esclarecimento igual ao de Deus sobre o
que é bom e o que é mau. De fato, Eva disse a Deus: “A serpente — ela me
enganou.” Mas Eva conhecia a ordem de Deus, tanto que a repetiu para a serpente, que foi usada por Satanás como seu porta-voz. Assim, sua atitude foi de desobediência deliberada. Adão, por outro lado, não foi enganado. Em vez de obedecer lealmente ao seu Criador, ele ouviu sua esposa, preferindo também seguir um proceder independente. Ao declarar sua independência, Adão
e Eva prejudicaram de modo irreparável seu relacionamento com Jeová e
gravaram em si mesmos, diretamente em seus genes, a marca do pecado. É
verdade que eles viveram centenas de anos, mas começaram a morrer “no
dia” em que pecaram, assim como acontece a um galho que é cortado duma
árvore. Além disso, pela primeira vez, eles se sentiram angustiados. Perceberam que estavam nus e tentaram se esconder de Deus. Também sentiram culpa, insegurança e vergonha. O pecado produziu uma
agitação dentro deles: era sua consciência os acusando do proceder
errado. A fim de cumprir sua palavra e se
apegar aos seus padrões sagrados, Deus foi justo ao sentenciar Adão e
Eva à morte e expulsá-los do jardim do Éden. Desse modo, o Paraíso, a felicidade e a vida eterna foram perdidos,
dando lugar ao pecado, ao sofrimento e à morte. Que tragédia para a
humanidade! Entretanto, imediatamente após sentenciar o casal, Deus
prometeu, sem comprometer seus padrões justos, reverter todo o dano
causado pelo pecado deles.Jeová decidiu tornar possível que a
descendência de Adão e Eva fosse liberta do pecado e da morte. Ele
realizou isso por meio de Jesus Cristo.
Por intermédio dele, Deus eliminará o pecado e todos os seus efeitos e
transformará a Terra num paraíso global, exatamente como ele intencionou
no início.
PREFÁCIO DO LIVRO
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