12 janeiro 2021

O FAROL

É como se eu estivesse nas profundezas de um mar nunca antes navegável, em meio às turbulências dos maremotos e dos tsunamis... É assim que me sinto em meio a tantas mágoas, tantas indiferenças e traições. As águas barrentas perdem a cor do verde, talvez azul, as ondas se tornam pesadas e machucam com feridas as minhas costas largas, cravadas com punhais de Toledo, fincados, transpondo a minha alma e o meu coração. - Nade meu filho! A voz era da minha mãe e não parecia estar no meu subconsciente, parecia estar ali, sussurrando em meu ouvido... - Nade meu filho! Nade! Nade na direção do farol, siga a claridade da luz que você verá mesmo na imensidão e na escuridão das águas barrentas. O que minha mãe quis me dizer nesta oração foi para eu não desistir, seguir em frente sem olhar para trás, sem ter medo de nada, pois a luz do farol é o sinal do meu Deus do impossível, aquele que não me deixa desistir, aquele que seca minhas lágrimas, cura minhas feridas e me renova as forças!  - Nade meu filho! Nade! A luz do farol conduz cada braçada sua cada impulso seu neste mar imundo, mas que ao final do oceano, ou no infinito, você vai encontrar a paz. Se você sofrer, ora a Deus que a luz se fará dentro de ti. Amém

Antonio Auggusto João

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